A Câmara de Ovar vai iniciar até ao final do ano a construção de 30 apartamentos para arrendamento apoiado, num investimento de 3,7 milhões de euros que aumentará o parque municipal atualmente com quase 300 fogos de habitação social.
Segundo revelou hoje à agência Lusa a autarquia do distrito de Aveiro, a empreitada atual vai concentrar-se no lugar do Sargaçal, já foi adjudicada, é financiada pelo Programa de Recuperação e Resiliência e, uma vez iniciada, tem um prazo de execução de 15 meses.
Envolvendo 15 apartamentos de tipologia T3 e outros tantos T2, o investimento destina-se a garantir que famílias em condição financeira incompatível com o aluguer de habitação no mercado regular passam a dispor de acomodação com as devidas condições.
“A habitação com qualidade e em condições dignas para todos os munícipes é uma prioridade central do município de Ovar”, declara o presidente da câmara, Domingos Silva.
“É com esse fim em mente que temos trabalhado diariamente e que procuramos possibilitar novas soluções habitacionais no concelho, na certeza de que, em matéria de concretização da Estratégia Local de Habitação, o município de Ovar é uma referência no país”, acrescenta o autarca social-democrata.
Além destes novos 30 fogos, que deverão ficar concluídos no final do primeiro trimestre de 2026, o concelho com 148 quilómetros quadrados, 17 quilómetros de orla costeira e cerca de 55.400 habitantes, já dispõe de centenas de habitações em regime de arrendamento apoiado. Nesse universo, 192 fogos são propriedade efetiva da câmara; seis são arrendados pela autarquia a privados, para fins habitacionais de emergência; e outros 82, também destinados a apoio social, pertencem ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana.
No caso concreto dos novos prédios do Sargaçal, os apartamentos vão distinguir-se por maiores preocupações ambientais. “A eficiência energética foi uma das preocupações centrais do projeto, optando-se, por exemplo, por paredes exteriores em bloco térmico e portas em painel aglomerado, revestida em painéis termolaminados”, explica a autarquia.
Melhorar as condições energéticas do edificado mais antigo também consta, dentro do possível, dos requisitos da reabilitação a decorrer noutras zonas no concelho, como se verificou nos quatro fogos do lugar do Cadaval, nos 50 do Furadouro e nos 14 de Cortegaça recentemente intervencionados, e como vem acontecendo nas obras em curso em 52 apartamentos da Avenida Dona Maria II e em 13 da Rua do Seixal.
Até final de 2024, a Câmara de Ovar conta arrancar ainda com uma reabilitação idêntica em três fogos na Rua do Esporão, sendo que, entretanto, aguarda resposta quanto a outros pedidos de financiamento para fins semelhantes.
“Em março apresentámos mais candidaturas para soluções habitacionais de iniciativa municipal, para beneficiários diretos, e elas encontram-se em análise pelo IHRU”, revela Domingos Silva
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