A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai propor a classificação como monumento de interesse público (MIP) da Fábrica de António Estrella/Júlio Afonso, na Covilhã, distrito de Castelo Branco.
Segundo o anúncio publicado hoje em Diário da República, está em causa o projeto de decisão relativo à classificação daquela fábrica, bem como a fixação da respetiva zona especial de proteção (ZEP).
O espaço em causa agrega a componente fabril e o projeto criativo New Hand Lab, e o pedido de classificação de interesse público partiu da atual direção da fábrica, em parceria com a Câmara da Covilhã, disse à agência Lusa o proprietário, Francisco Afonso, quando o processo foi desencadeado.
Na altura, o empresário destacou a importância da classificação, lembrando que está em causa um edifício de 1853, que ainda mantém a atividade fabril no setor têxtil e dos lanifícios, e que encerra uma “memória única”, nomeadamente ao nível da maquinaria e dos arquivos.
“É um processo relevante, porque pode ajudar a reconhecer e a preservar a memória da fábrica, que é também a história das pessoas que ali trabalharam e trabalham, e da própria cidade”, apontou.
Além da componente fabril, o espaço também integra o New Hand Lab, que se apresenta como um local que promove a criatividade e as iniciativas dos criadores locais.
O despacho hoje publicado e assinado pelo diretor-geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, refere que a proposta de classificação teve parecer positivo da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura.
A informação acrescenta que os elementos relevantes do processo (fundamentação, despacho, proposta das restrições a fixar e planta com a delimitação dos imóveis e da proposta de ZEP) estão disponíveis nas páginas eletrónicas da Direção-Geral do Património Cultural (www.patrimoniocultural.pt), da Direção Regional de Cultura do Centro (www.culturacentro.gov.pt) e da Câmara Municipal da Covilhã (www.cm-covilha.pt).
Além disso, o processo administrativo original está disponível para consulta, mediante marcação prévia, na Direção Regional de Cultura do Centro, em Coimbra.
A consulta pública terá a duração de 30 dias úteis.
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