Coimbra

Ex-ministra Ana Abrunhosa defende estação de alta velocidade em Coimbra-B

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A ex-ministra Ana Abrunhosa defendeu hoje Coimbra-B como local para a estação de alta velocidade, contrariando a posição da bancada do PS na Assembleia Municipal, que se absteve numa moção sobre o projeto.

A Assembleia Municipal de Coimbra aprovou na quinta-feira uma recomendação da CDU de defesa de Coimbra-B como local para a estação que vai servir a alta velocidade, com os votos favoráveis da CDU, das várias forças que compõem a coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos! e PPM), que lidera o município, e do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC), tendo tido 20 abstenções do PS e uma do Chega, e ainda um voto contra de outro deputado do PS, Jorge Veloso, presidente da União de Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades.

Numa declaração escrita enviada à agência Lusa, a ex-ministra e candidata do PS à Câmara Municipal afirmou que, enquanto cidadã e deputada eleita pelo círculo de Coimbra, defende “que a linha de alta velocidade tenha uma estação em Coimbra-B, permitindo a ligação a outros meios de transporte públicos para outras partes do país (estação intermodal), seja de comboio, seja de autocarro”.

Para Ana Abrunhosa, a construção da estação em Coimbra-B permite a regeneração urbana de toda a zona entre a Baixa e aquela estação, “nas duas margens do Mondego, bem como o crescimento da cidade no sentido de Coimbra-B, que ganhará uma nova e importante centralidade”.

“Participei enquanto ministra em várias discussões sobre o assunto e sempre me posicionei a favor desta solução, que é a mais consentânea com o desenvolvimento de Coimbra”, acrescentou.

Ana Abrunhosa reconheceu ainda que, “como todos os grandes projetos de investimento, a linha de alta velocidade traz, infelizmente, transtornos para algumas famílias, que devem ter um acompanhamento e um apoio muito próximo e adequado às especificidades de cada família”.

O documento apresentado pela CDU na Assembleia Municipal surgiu depois de se saber que a única proposta ao troço da alta velocidade entre Oiã e Soure vai contra os pressupostos presentes no caderno de encargos, com a Lusolav, consórcio liderado pela Mota-Engil, a propor a deslocalização da futura estação intermodal de Coimbra-B para Taveiro, fora do centro da cidade.

Ainda antes da discussão e aprovação desta recomendação, o executivo liderado pela coligação Juntos Somos Coimbra já tinha manifestado publicamente a defesa da exclusão de tal proposta e lançamento de novo concurso com revisão do preço da empreitada, reiterando que a localização da estação de alta velocidade teria de ser em Coimbra-B.

“Não aceitaremos mais projetos pequeninos para Coimbra”, disse, na Assembleia Municipal, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, considerando que é essencial para o concelho ter a estação que serve a alta velocidade em Coimbra-B, assim como a quadruplicação da linha junto à cidade para melhorar as ligações ferroviárias regionais.

José Manuel Silva defendia que a proposta da CDU fosse aprovada por unanimidade, considerando que não se pode “aceitar que Coimbra seja apoucada no investimento do Governo central”.

No entanto, o PS optou por se abster, depois de Jorge Veloso ter defendido a proposta da Lusolav, considerando que a mesma permitiria poupar cerca de 500 milhões de euros aos contribuintes.

O líder da bancada socialista, Ferreira da Silva, afirmou que o PS não iria votar “nem a favor nem contra” o documento, face à “brilhante intervenção do presidente da junta, com dados técnicos”.

“O PS é um partido responsável e entende que as coisas não se podem fazer a qualquer preço. Nós temos de saber o preço das coisas. As coisas só são justas se as pudermos pagar”, vincou Ferreira da Silva.

Notícias do Centro | Lusa

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