CoimbraDestaque

Sistema robótico permite o mapeamento das áreas florestais

0

A Ingeniarius, em colaboração com a SILVAPOR e as instituições de investigação Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra e a Universidade Americana Carnegie Mellon (CMU), lidera o consórcio de investigação que apresentou, no dia 4 de maio, os resultados do projeto Safeforest. Os resultados foram demonstrados num Workshop na Universidade de Coimbra.

O projeto de três anos, desenvolvido no âmbito do  Programa CMU Portugal, tem como principal objetivo a prevenção de incêndios florestais através da utilização de plataformas terrestres (robôs) e aéreas (drones) semi-autónomas.

Em 2022, a Europa enfrentou o segundo pior ano em termos de área ardida e número de incêndios florestais desde 2006, tendo Portugal alcançado o terceiro pior registo da União Europeia, de acordo com dados da Comissão Europeia. Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), registaram-se 2.454 incêndios rurais que provocaram 7.604 hectares, o equivalente a três quartos da superfície do concelho de Lisboa.

De forma a contribuir para a redução destes números e ultrapassar as falhas dos sistemas existentes, o consórcio do projeto Safeforest desenvolveu um sistema robótico que permite o mapeamento das áreas florestais e a implementação de missões de limpeza dos terrenos florestais, de forma a reduzir o risco de incêndios florestais e dos custos associados aos mesmos. De acordo com Micael Couceiro, CEO da empresa promotora do projeto “As plataformas terrestres e aéreas semi-autónomas desenvolvidas no âmbito do projeto possuem o potencial necessário para realizar missões de limpeza de terreno de forma mais rápida e precisa, em comparação com os métodos tradicionais. Estes robôs encontram-se dotados de software para localização, mapeamento e operação no terreno, integrados numa plataforma para a gestão e visualização dos dados extraídos, de forma a planificar eficazmente as missões de limpeza.”

Graças à utilização destes robôs móveis, é possível remover a vegetação redundante de forma eficiente e segura, reduzindo o risco de incêndios florestais. Além destas mais-valias, os sistemas de navegação autónoma desenvolvidos dotam os robôs terrestres da capacidade de navegar semi-autonomamente, o que contribui para, a redução do risco para os operadores humanos, a redução do impacto ambiental da limpeza de terreno reduzindo, por exemplo, a utilização de herbicidas e a melhoria da capacidade de adaptação a diferentes tipos de terreno e condições climáticas.

De acordo com Micael Couceiro, “embora tenham sido alcançados resultados significativos no projeto Safeforest, ainda há muito a ser feito para que a solução seja comercialmente viável. Em particular, é preciso melhorar o acoplamento entre a percepção e a ação dos robôs, para que eles possam operar com maior eficácia em ambientes complexos e dinâmicos, como os encontrados em florestas.”

O Projeto Safeforest, Semi-Autonomous Robotic System for Forest Cleaning and Fire Prevention (CENTRO-01-0247-FEDER-045931), é co-financiado pelo Feder, Compete 2020, pelo Programa Centro2020 e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no âmbito do Programa CMU Portugal.

“Green Food” com Estrela Digital na Guarda

Notícia anterior

Faculdade de Farmácia De Coimbra recebe um Simpósio de Canábis medicinal

Próxima notícia

Também pode gostar

Comentários

Comentários estão fechados

Mais em Coimbra