A realizadora conimbricense Regina Pessoa integra o júri da competição nacional do 44.º Festival da Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, que começa no dia 28 em França, e irá desenhar o cartaz da 45.ª edição, anunciou hoje a organização.
Regina Pessoa é um dos cinco elementos do júri da competição nacional do festival, que integra 50 filmes, de acordo com a organização do Festival da Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, num comunicado hoje divulgado.
Além de Regina Pessoa, integram o júri da competição nacional o ator, realizador, produtor e programador Olivier Broche, o realizador, argumentista e ator Vivente Maël Cardona, a argumentista e realizadora Claude Le Pape e o realizador e argumentista Yassie Qnia.
Regina Pessoa, além de ser uma “talentosa realizadora e argumentista” é também ilustradora, e em 2023 “irá substituir o artista belga Brecht Evens no desenho do cartaz do festival”.
Nascida em Coimbra, em 1969, Regina Pessoa é uma das mais premiadas realizadoras de sempre do cinema português de animação.
Contando apenas com curtas-metragens, Regina Pessoa é autora dos filmes “noite” (1999), “História Trágica Com Final Feliz” (2005), “Kali, o pequeno vampiro” (2012) – este dois somam mais de 80 distinções – e “Tio Tomás, a contabilidade dos dias” (2019).
Este último esteve entre os finalistas a uma nomeação para os Óscares, foi eleito a melhor curta-metragem nos prémios Annie e distinguido em vários festivais, entre os quais o festival de cinema de Annecy, em França, com o prémio especial do júri, o Animamundi, no Brasil, e o festival Caminhos do Cinema Português, em Coimbra.
Em 2018, Regina Pessoa tornou-se membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que atribui anualmente os prémios Óscares.
O 44.º Festival da Curta-Metragem de Clermont-Ferrand decorre entre 28 de janeiro e 05 de fevereiro e irá apresentar “422 curtas-metragens e 76 programas, com todos os géneros e nacionalidades misturadas e apenas em sala”.
“O que resta”, do realizador português Daniel Soares, vai estar na competição internacional do festival.
O filme é uma primeira obra de ficção do realizador e fotógrafo português Daniel Soares, e narra a história de Emílio, um agricultor de 80 anos, que decide vender o único animal da quinta abandonada onde vive.
Daniel Soares, que nasceu na Alemanha e vive atualmente em Nova Iorque, nos Estados Unidos, viu este filme ser distinguido como a melhor curta-metragem portuguesa no festival IndieLisboa.
Segundo a Portugal Film, Daniel Soares é ainda autor do documentário “Forgotten” (2018) e, enquanto fotógrafo, já expôs no International Center of Photography e foi distinguido, em 2017, pelo Art Directors Club de Nova Iorque.
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