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Novo ferry elétrico em Aveiro terá de cumprir limite de velocidade no canal

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O novo ‘ferry’ elétrico consegue ligar São Jacinto ao Forte da Barra, em Aveiro, em quase metade do tempo, revela o ‘site’ MarineLink, mas não o vai poder fazer devido ao limite de velocidade no canal.

De acordo com os dados técnicos avançados pela publicação, o sistema propulsor do novo ‘ferry’, encomendado pela Câmara de Aveiro para fazer as ligações entre o Forte da Barra e São Jacinto, foi concebido e projetado para poder atingir a velocidade de nove nós (cerca de 16 quilómetros/hora).

No entanto, e apesar de isso poder representar uma redução do tempo de viagem entre as duas margens quase para metade, o navio, quando começar a operar, vai manter os atuais 15 minutos de duração para ligar o Forte a São Jacinto e vice-versa.

A razão nada tem a ver com a potência da embarcação, que a revista especializada garante poder atingir os nove nós de velocidade, mas sim com uma imposição da Administração do Porto de Aveiro.

As Normas de Segurança Marítima e Portuária do Porto de Aveiro fixam o limite máximo de velocidade naquele canal em cinco nós (cerca de nove quilómetros/hora), tendo o ‘ferry’ de navegar a menos de 25 metros da margem a estibordo (direita em relação à proa ou frente do navio) e de fazer a sua travessia na perpendicular.

Tal como um automóvel, cujo construtor indica que pode atingir altas velocidades, mas nas povoações terá de circular devagar, também ali, ainda que a embarcação venha equipada de forma a navegar a velocidades superiores, terá de respeitar o limite dos cinco nós.

Isto porque, estando o cais de acostagem do ferryboat do lado do Forte da Barra na zona portuária e sendo aquele o canal de navegação dos navios de maior porte, os cinco nós são entendidos como a velocidade de segurança para não perturbar as manobras de entrada e saída no Porto de Aveiro.

O projeto de execução e a construção de um novo ferryboat elétrico foi adjudicado pela Câmara de Aveiro ao agrupamento de empresas constituído pela NAVALTAGUS – Reparação e Construção Naval, S.A. e NAVALROCHA – Sociedade de Construção e Reparação Navais, S.A., num investimento global da autarquia superior a sete milhões de euros, comparticipado em cerca de um terço pelo Fundo de Coesão, devendo ser entregue em 2022.

De acordo com a MarineLink, o ferry elétrico, o primeiro movido exclusivamente a energia elétrica do sul da Europa, foi projetado pela Vera Navis Naval Architects, estando o fornecimento dos componentes elétricos e eletrónicos a cargo de um consórcio liderado pela Shift Clean Energy and Nave De Luz (NDL), em que participam a Danfoss Editron, power electronic and Technology Venture Middle East Marine Services LLC, Marine Electrics (I) Pvt. Ltd.

O barco vai ser equipado com um sistema de propulsão da Editron da Danfoss, que inclui o software de gestão de energia, e um conjunto de baterias fornecido pela SPBES PLANB.

Comparativamente ao atual ‘ferry’ de combustível fóssil, a operar nas travessias entre o Forte da Barra e São Jacinto, o novo barco que está a ser construído nos estaleiros do Seixal permitirá reduzir cerca de 300 toneladas de emissões anuais de CO2, aumentando em mais 30% de capacidade de transporte de viaturas e mais 90% de capacidade de transporte de passageiros.

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