O vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Hélder Henriques, renunciou às funções, entregou os pelouros e vai terminar o mandato, mas não na qualidade de vereador a tempo inteiro.
Hélder Henriques transmitiu, em declarações à agência Lusa, que ainda em dezembro de 2024 entregou ao presidente, o socialista Leopoldo Rodrigues, os pelouros que lhe tinham sido conferidos em 2021 e que na sexta-feira comunicou não estar disponível para continuar a assumir a vice-presidência do município, sem clarificar os motivos.
O autarca sublinhou que não quer “polémicas” e disse que deve cumprir o mandato até ao final.
“Fui eleito. Continuarei sempre na defesa dos interesses dos albicastrenses e, portanto, isso é o bem maior que está nas minhas tomadas de decisão e também na defesa da matriz ideológica do Partido Socialista”, disse Hélder Henriques à Lusa.
Hélder Rodrigues frisou que a decisão foi tomada sem pressões e preferiu não se alongar em explicações, por não querer “alimentar este tipo de situações”.
“São situações sempre desagradáveis, mas o que eu posso dizer é que, no que me diz respeito, continuarei militante do Partido Socialista, como sou há 20 anos. Continuarei a ter a mesma postura que tenho tido até agora na defesa dos albicastrenses e sempre com entendimento daquilo que é o perfil ideológico do partido que integro”, acrescentou o autarca.
Questionado sobre eventuais divergências com o presidente, Hélder Henriques não negou e respondeu apenas que “há muitas formas de ver o mundo e todas devem ser respeitadas”.
“Significa que, na pluralidade daquilo que é o Partido Socialista, cada um tem as suas formas de entender o mundo em que vivemos”, sublinhou o até agora vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, onde o PS tem três eleitos, o movimento de cidadãos Sempre três e o PSD um vereador, a quem o partido retirou a confiança política.
Sobre informações que o apontam como candidato à Câmara Municipal de Penamacor, de onde é natural, Hélder Henriques não fechou a porta a essa possibilidade.
“Estarei disponível para o que o partido entender, se entender, e se não entender tudo bem na mesma, mas neste momento não tenho nada em cima da mesa que possa transmitir. Não existe nada”, assegurou à Lusa Hélder Henriques.
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