A Assembleia Municipal da Guarda aprovou hoje uma moção exigindo a reabertura da Linha da Beira Alta o mais depressa possível, criticando os sucessivos adiamentos para a conclusão das obras, que decorrem desde 2022.
Numa moção apresentada pela bancada do movimento Pela Guarda, os deputados municipais defendem que deve ser exigida ao Governo e à Infraestruturas de Portugal (IP) que garantam a reabertura da linha ferroviária o mais rápido possível não compreendendo que possa haver mais adiamentos.
“É preciso sinalizar esta situação para que seja alterada o mais depressa possível. Demonstrar que estamos revoltados e que não compreendemos que haja novos adiamentos”, apontou o deputado José Rodrigues, autor da moção.
O eleito do Pela Guarda – movimento que preside à Câmara da Guarda – realça ainda que a região está, há demasiado tempo, à espera da reabertura daquela ferrovia, que liga Pampilhosa (na zona de Coimbra) à fronteira com Espanha em Vilar Formoso.
A situação está a prejudicar a mobilidade da população e a adiar a implementação do Porto Seco, na Guarda, sublinha.
A moção foi aprovada com 74 votos a favor e uma abstenção.
Em setembro de 2023, a Assembleia Municipal da Guarda já tinha aprovado, por unanimidade, um voto de protesto contra o atraso da reabertura da Linha da Beira Alta e reclamou medidas imediatas para acelerar o processo de conclusão das obras.
Quando em abril de 2022 a Linha da Beira Alta foi cortada, a IP estimou que assim se mantivesse por um período de nove meses (até janeiro de 2023).
Em novembro de 2023, a IP apontou que a Linha deveria reabrir até ao final do primeiro semestre de 2024, na sequência de uma continuidade dos constrangimentos.
A Linha está a ser objeto de obras de modernização e de aumento de capacidade, que representam um investimento de cerca de 600 milhões de euros, integrado no programa Ferrovia 2020.
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