A Câmara de Figueiró dos Vinhos, no norte do distrito de Leiria, vai avançar com a georreferenciação social do concelho, para identificar situações com necessidade de intervenção, disse hoje à Lusa a vereadora Marta Brás.
“Serão georreferenciadas, identificadas, pessoas, famílias e grupos em situação de vulnerabilidade social, em risco de pobreza e exclusão social”, afirmou Marta Brás, adiantando que serão, igualmente, “caracterizadas as suas problemáticas”, assim como “georreferenciados os recursos e eventuais respostas para essas situações de carência”.
Marta Brás esclareceu que a georreferenciação foi algo que nunca foi feito e está prevista no “plano de ação do projeto ‘Radar Social’”, destacando que, ao ter “este conhecimento real e técnico bem identificado”, a autarquia conseguirá “adequar as medidas de uma forma mais coerente, mais eficaz”.
A equipa do projeto “Radar Social”, que iniciou funções no passado dia 17, está “já a trabalhar na atualização do Diagnóstico Social, para depois, então, se avançar para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Social”, referiu a vereadora com o pelouro da Ação Social
Esta primeira fase “decorre em três meses” e a georreferenciação, a segunda, tem previsão de início em outubro, apontou.
“Teremos um espaço de tempo de 24 meses para a georreferenciação e, ao mesmo tempo, começarmos a trabalhar na definição da intervenção”, declarou a autarca.
Questionada sobre as questões sociais que mais preocupam o município, a vereadora elencou a integração de migrantes e a habitação.
“Temos já algumas famílias. Neste momento, temos uma escola com alunos de 10 nacionalidades e estamos a prever que esta situação vá aumentar”, antecipou, assumindo que este crescimento é bom para territórios como o de Figueiró dos Vinhos, “mas traz novos desafios”.
Segundo Marta Brás, a autarquia entende que esta “integração tem de ser plena”, assinalando que está “a trabalhar noutro projeto no âmbito do CLDS [Contrato Local de Desenvolvimento Social]”, para “uma verdadeira integração nas mais diversas vertentes destes novos habitantes”.
As “questões de habitação” integram outra preocupação, havendo “algumas problemáticas de famílias com carências habitacionais”, reconheceu a vereadora.
“Vão ser os nossos dois focos”, acrescentou a vereadora.
Numa nota de imprensa, a Câmara de Figueiró dos Vinhos notou que o projeto do “Radar Social” representa um investimento 168.962,22 euros comparticipado em 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência e tem uma duração máxima 27 meses.
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