A Covilhã promove entre março e junho de 2025 a primeira trienal de design, com foco no setor têxtil, que pretende ter uma “dimensão internacional”, várias componentes e iniciativas que sejam sementes para outros projetos.
A Trienal Internacional de Design da Covilhã 2024/2025, hoje apresentada no Teatro Municipal, é “o maior evento” do plano de ação da Covilhã Cidade Criativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na área do design, ‘selo’ atribuído há dois anos.
“A trienal trará até nós mundos e levará a Covilhã longe”, sublinhou a vereadora com o pelouro da Cultura, Regina Gouveia, segundo a qual o evento, embora vá além dessa área, tem como tema a “Paisagem Têxtil”, ancorado na história do concelho e no “conceito de cidade-fábrica”.
Durante a trienal estão previstas, entre outras iniciativas, uma exposição internacional, conferências, exposições de contexto, residências artísticas, oficinas, uma componente científica e a presença das restantes cidades criativas mundiais na área do design, para que “as ações se potenciem entre si” e o programa não se limite “apenas a exibir ou expor”, acentuou a autarca.
O programa, a apresentar posteriormente, contempla a presença de um designer convidado “reconhecido a nível internacional”, salientou a vereadora com o pelouro da Cultura, que vincou ter “essa ambição”.
A principal premissa é “partir do território e trabalhar com o território”, mas Regina Gouveia destacou que o evento pretende ultrapassar fronteiras e áreas.
“A trienal tem de ter uma dimensão internacional que vai extravasar muito além daquilo que somos como cidade criativa na área do design”, reforçou a autarca.
Segundo Regina Gouveia, as iniciativas não se vão concentrar num único espaço nem apenas na Covilhã.
A vereadora vincou que é também uma forma de valorizar fora de portas o que de criativo se faz no concelho.
“Acreditamos que, trazendo designers de referência, projetos que têm que ver com este papel do design, podemos ajudar a melhorar a relação das pessoas com o seu território e até com os outros”, acrescentou Regina Gouveia.
De acordo com a edil, pretende-se com as iniciativas já desenvolvidas e com a trienal “posicionar a Covilhã como território criativo”.
“Quando se trazem designers para uma residência, não queremos apenas atingir objetivos específicos numa residência. Queremos desenvolver um ecossistema criativo, queremos motivar aqueles que estão cá a sentirem que a Covilhã é um território que valoriza a criatividade e onde podem desenvolver-se e evoluir como criativos”, enfatizou a vereadora.
Regina Gouveia sublinhou ainda o propósito de a trienal ter “um envolvimento alargado ao nível da comunidade”.
Para Ricardo Gil, que assumiu a direção da Trienal Internacional de Design da Covilhã, outro dos objetivos centrais passa por criar no concelho “uma cultura de design, para ter um efeito reprodutivo a prazo”.
Ações de maior duração, como as residências artísticas, começam em 2024, para o resultado poder ser mostrado durante o evento.
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