Aveiro

Centro de Artes e Espetáculos de Vale de Cambra abre após obras de 3,78 milhões

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 O Centro de Artes e Espetáculos (CAE) de Vale de Cambra abre hoje ao público, após obras de valor superior a 3,78 milhões de euros para reconversão de um antigo cinema, inaugurado em 1970 e adquirido pela autarquia em 2016.

A nova sala do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana de Aveiro foi cofinanciada em 85% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e, para assinalar a abertura, vai acolher um programa especial de concertos e atividades até ao próximo domingo, recebendo hoje à noite, numa sessão de entrada livre, o pianista Mário Laginha com a Orquestra das Beiras e propondo para os dias seguintes performances como as dos músicos Miguel Araújo e Manuel Cruz e da atriz Margarida Vila-Nova.

O presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra, José Pinheiro, acredita que o equipamento marca um novo capítulo na vida cultural da região: “O CAE pretende ser um espaço de encontro e experimentação, onde a arte se cruza com a vida e onde todas as pessoas são convidadas a participar. Queremos que este centro seja um motor para a criatividade, a reflexão e o envolvimento da comunidade”.

A programação da casa deverá valorizar “a diversidade, a qualidade artística e a regularidade”, tendo como missão “estimular novas formas de participação e aprendizagem, fortalecendo a relação da comunidade com a arte”.

A gestão artística da nova estrutura caberá a João Aidos, ex-diretor geral das Artes, que, segundo José Pinheiro, tem uma vasta experiência em projetos de reabilitação de equipamentos e programação cultural. “Já trabalhou em mais de uma dezena de concelhos e em espaços como o Convento de São Francisco em Coimbra, o Espaço Oficina em Guimarães, o Teatro Aveirense ou o Teatro José Lúcio da Silva em Leiria”, realça o autarca do CDS-PP.

Tendo deixado de acolher projeções de filmes nos finais da década de 1990, o antigo cinema de Vale de Cambra esteve depois ao serviço de diferentes instituições sociais locais, que aí promoviam eventos esporádicos como mercados solidários e vendas de Natal, até que, na década de 2010, passou a acolher em permanência um estabelecimento comercial.

Em 2014, o dono do imóvel colocou-o à venda e, dois anos depois, já com o proprietário em processo de insolvência, a autarquia adquiriu o prédio por 475.000 euros, embora reconhecendo que, dada a “delicada” situação financeira do município, esse haveria que esperar pelo quadro comunitário seguinte para avançar com a concretização do projeto.

A empreitada de requalificação desse edifício da Avenida Camilo Tavares Matos teve assim início em 2019 e, embora com um prazo inicial de apenas 15 meses, foi sucessivamente atrasada por diferentes circunstâncias. “A pandemia de covid-19, a guerra na Europa e a inflação, aliadas à falta de mão-de-obra, dificultaram a conclusão da obra”, admite José Pinheiro.

Uma vez concluídos os trabalhos, a nova sala do município com cerca de 26.000 habitantes apresenta agora um auditório com cerca de 500 lugares, disponibilizando ainda uma área de café-concerto, espaços para formação artística e uma galeria para exposições temporárias.

Notícias do Centro | Lusa

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