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Universidade de Coimbra “reencontra” “os Salatinas, 80 anos após o plano da Alta”

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A Universidade de Coimbra organiza na sexta-feira, dia 22 de setembro, o encontro “Memórias em Risco: os Salatinas, 80 anos após o plano da Alta”.

A iniciativa – integrada nas comemorações do 10.º aniversário da inscrição da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia na lista de Património Mundial da UNESCO – decorre a partir das 16:00, no Colégio das Artes, e tem por objetivo dar nova visibilidade a patrimónios materiais desaparecidos (e compreender os que então os substituíram), ao mesmo tempo que se preservam patrimónios imateriais em risco.

“Com este evento pretende-se, aproximando velhas e novas gerações, refletir sobre patrimónios cujo reconhecimento se debate ainda com opiniões controversas, invisibilidades impostas ou simples (mas pesados) esquecimentos fortuitos. 80 anos após o plano para a construção da cidade universitária e consequente arrasamento de parte fundamental da velha Alta de Coimbra, restitui-se a voz à cultura e vivência Salatinas, nome por que eram conhecidos os seus habitantes, então compulsivamente afastados, com testemunhos e memórias na primeira pessoa”, explica Luísa Trindade, professora da Faculdade de Letras da UC e responsável pelo programa científico das comemorações dos 10 anos da classificação UNESCO.

Com a presença de professores e investigadores universitários, antigos/as Salatinas e grupos artísticos, o evento contempla momentos de revisão e discussão sobre “iniciativas já concretizadas e a concretizar” para o registo das memórias Salatinas (incluindo a apresentação de um breve filme inédito), uma performance da associação Catrapum Catrapeia (recriando a Caravana Salatina, apresentada esta ano na Semana Cultural da UC) e a atuação do Grupo Folclórico da Casa do Pessoal da UC.

“Este encontro com os Salatinas exemplifica ainda a forma como o património material está tão intrinsecamente ligado à sua vertente imaterial, constituída por mundividências, modos de vida e de organização em comunidade, cuja natureza é também essencial conhecer, estudar e preservar”, comenta o vice-reitor da UC para a Cultura, Comunicação e Ciência Aberta, Delfim Leão.

Mais informações sobre as comemorações do 10.º aniversário da classificação UNESCO – com organização da Associação RUAS (Recriar a Universidade, Alta e Sofia), da Universidade de Coimbra e da Câmara Municipal de Coimbra e com apoio da Direção Regional de Cultura do Centro – estão disponíveis no endereço.

 

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