A União Europeia (UE) atingiu hoje um “marco importante” na exportação de vacinas anticovid-19, tendo entregue mais de mil milhões de doses a 150 países, cerca de 87 milhões das quais doadas aos de baixo e médio rendimento.
“Atingimos um marco importante na entrega de vacinas contra a covid-19 ao mundo. A União Europeia exportou mais de mil milhões de doses de vacinas para todo o mundo nos últimos 10 meses”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Numa curta declaração à imprensa sem perguntas, esta manhã em Bruxelas, a responsável assinalou que “as vacinas produzidas na UE foram enviadas para mais de 150 países em todos os continentes, do Japão à Turquia, do Reino Unido à Nova Zelândia, da África do Sul ao Brasil”.
Do total, “entregámos cerca de 87 milhões de doses a países de baixo e médio rendimento através do [mecanismo de acesso às vacinas] COVAX”, destacou Ursula von der Leyen.
Segundo a líder do executivo comunitário, a UE é, “muito claramente, o maior exportador de vacinas contra a covid-19”.
“Sempre partilhámos as nossas vacinas de forma justa com o resto do mundo. Exportamos tanto quanto entregamos aos cidadãos da UE e, de facto, pelo menos cada segunda vacina produzida na Europa é exportada, ao mesmo tempo que temos permitido a vacinação dos nossos cidadãos”, salientou.
Na UE, embora 75% das pessoas com mais de 18 anos estejam atualmente totalmente vacinadas (enquanto 79% têm apenas uma dose da vacina), a cobertura está longe de ser igual entre os países, já que as taxas nacionais de inoculação total variam entre os 23% e os 91%.
No que toca à taxa de vacinação global, a UE e os Estados Unidos assumiram no final de setembro o objetivo de conseguir, até ao outono de 2022, chegar a uma cobertura mundial de 70%.
E, de acordo com Ursula von der Leyen, “a UE está a fazer a sua parte” para atingir essa meta.
A responsável anunciou que, além das nossas exportações, a UE irá doar nos próximos meses “pelo menos 500 milhões de doses aos países mais vulneráveis”.
Já respondendo ao apelo que tem vindo a ser pelo presidente da Aliança Global para as Vacinas (GAVI), José Manuel Durão Barroso, Ursula von der Leyen adiantou que “outros países também precisam de intensificar” as doações, esperando mais compromissos nesta matéria durante a reunião do G20 em Roma, na próxima semana.
José Manuel Durão Barroso tem vindo a criticar a “iniquidade e injustiça” na distribuição mundial de vacinas anticovid-19, exortando a comunidade internacional a mobilizar-se, “de forma solidária e responsável” relativamente ao mecanismo de acesso global às vacinas contra a covid-19 COVAX.
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