A cabeça de lista do PSD à Câmara de Leiria, Sofia Carreira, afirmou hoje que a política de proximidade é essencial e acusou o atual de executivo de estar “muito distante das pessoas”.
“Nós sentimos uma Câmara muito distante das pessoas, que promove eventos, mas depois esses eventos são meros momentos e não há depois a continuação de uma política estruturada que aproxima o concelho das pessoas, promovendo, naturalmente, obras e projetos que potenciem essa proximidade”, declarou Sofia Carreira à agência Lusa, à margem de uma visita a uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) na freguesia do Arrabal.
Garantindo que a área social “é muito importante” e todas as candidaturas do PSD no concelho para as eleições de domingo “preconizam uma política de pessoas para pessoas”, a cabeça de lista realçou a importância de “criar um laço de empatia e transformação”.
“Sem essa empatia, a transformação não acontece e sem uma política virada para as pessoas dificilmente transformamos o território. (…) A nossa candidatura pretende isso mesmo, transformar a vida das pessoas e saber cuidar”, salientou.
Sofia Carreira adiantou que cuidar passa por olhar para os mais jovens, famílias e população sénior, “dando o maior apoio possível às IPSS, às creches novas que precisam de nascer”, exemplificou.
A candidata destacou ainda a importância da comunicação entre entidades.
“Há muitos projetos a acontecerem que uns não conhecem, que não se envolvem, e o município devia premiar esta capacidade de diálogo entre as instituições, até mesmo numa perspetiva formativa”, na entreajuda com os bons exemplos.
Para Sofia Carreira, “o município foge um bocado desta missão”, pois “apoia financeiramente, mas depois naquele centro que humaniza a política, o município está fora”, prometendo o oposto.
A candidata considerou ainda que neste mandato “houve uma opção política clara de fazer a promoção de eventos” na cidade, o que “esvaziou as freguesias”, e, “não só afastou as freguesias da promoção cultural e social, como intoxicou, de alguma forma, a cidade, esquecendo o essencial”.
“Confunde-se muito cultura com animação”, constatou, sustentando que “a promoção cultural ficou muito aquém daquilo que devia ter sido feito”.
Embora reconhecendo que haver “animação é importante” e que são precisos “alguns eventos”, a candidata destacou que o concelho também precisa “de solução para a vida das pessoas, na mobilidade, na segurança, na habitação”, áreas que ficaram em terceiro ou quarto plano.
“Ficariam em segundo plano se a Câmara já estivesse a preparar políticas transformadoras e ninguém as conhece”, acrescentou Sofia Carreira.
Nas autárquicas de 2021, Gonçalo Lopes, que é recandidato, liderou, pela primeira vez, a lista do PS ao município, com o partido a manter oito mandatos e o PSD três. Os vereadores social-democratas passaram depois a independentes.
São também cabeças de lista à Câmara de Leiria nas próximas autárquicas Branca Matos (CDS-PP), Luís Paulo Fernandes (Chega), Paulo Ventura (IL), Nuno Violante (CDU), José Peixoto (coligação Avançar Leiria, que junta BE, Livre e PAN) e Nuno Henriques Barroso (ADN).
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