Aveiro

Socialista Miguel Reis assume Câmara de Espinho com promessa de “amor civil”

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O socialista Miguel Reis tomou hoje posse como presidente da Câmara de Espinho após 12 anos de gestão PSD, anunciando um mandato que em todas as dimensões procurará refletir “amor civil” por esse município do distrito de Aveiro.

Numa sala de cerca de 72 metros quadrados que ficou lotada com 80 pessoas e obrigou mais de 20 a seguirem a sessão por vídeo no corredor, o arquiteto de 43 anos fez um discurso em que referências a Jorge Sampaio e ao Papa Francisco vincaram a mensagem de que ele quer ser “um presidente para todos”, independentemente das opções partidárias de cada munícipe e até da posição expressa nos “elevados níveis de abstenção” do passado dia 26 de setembro.

“Vale a pena sermos bons e honestos. O amor, cheio de pequenos gestos e ações, é também civil. (…) É tempo de arregaçar as mangas e trabalhar em conjunto”, declarou.

Filomena Gomes, presidente cessante da Assembleia Municipal de Espinho, tinha quebrado o protocolo pouco antes para reclamar do que considera a subocupação do Centro Multimeios e do Fórum de Arte e Cultura de Espinho ao longo dos 12 anos anteriores, mas Miguel Reis não comentou o tema e evitou críticas ao executivo camarário que o precedeu.

“Apesar das diferenças que nos separam, sei que partilho com o meu antecessor um objetivo comum: o desejo de fazer o melhor por Espinho e pelos espinhenses”, disse o novo presidente da Câmara, comprometendo-se a “dar continuidade” ao que está bem feito, “corrigir o que precisar de alterações e “dar novas respostas” nas áreas onde isso se mostrar necessário.

Miguel Reis admitiu que “as expectativas são elevadas”, mas disse também que “a exigência das instituições” locais funcionará como um incentivo, mesmo considerando aquela que é “a incerteza de um contexto pandémico com consequências sociais e económicas cuja extensão ainda é difícil de apurar”.

O autarca já apontou, contudo, algumas das suas prioridades até 2025: “habitação, saúde, educação, ação social, cultura e ambiente”, de acordo com uma estratégia que tentará “colocar as pessoas em primeiro lugar”.

“Reparar buracos é fácil. O difícil é conseguir mudar a vida das pessoas”, defendeu, antecipando “um novo ciclo de desenvolvimento sustentável [para o concelho], com políticas inteligentes (…) e novas formas de participação democrática e de relacionamento institucional”.

Realçando que a sua atuação passará igualmente por reforçar a presença de Espinho na Área Metropolitana do Porto e na Associação de Municípios das Terras de Santa Maria, Miguel Reis propôs-se tornar o concelho “uma voz ativa e respeitada nos meios de decisão”, até para que a autarquia possa retirar mais benefícios do Plano de Recuperação e Resiliência, e ainda assumir “de forma mais ágil e adequada” as novas competências que o Governo vem delegando no Poder Local.

Nessa missão, o arquiteto far-se-á acompanhar “por uma equipa experiente e competente, com provas dadas nas diferentes áreas para as quais o município tem que estar preparado”. Tomaram assim posse também o médico Álvaro Monteiro, de 66 anos, juntamente com a professora Maria Manuel Cruz, com 62, e a advogada Leonor Lêdo Fonseca, que, aos 52, regressa à Câmara após dois mandatos como vereadora eleita pelo PSD e uma candidatura independente nas autárquicas de 2017.

Quanto aos eleitos do PSD, os respetivos cargos de vereação foram assumidos pelo vice-presidente cessante Vicente Pinto, pela sua anterior colega de executivo Lurdes Ganicho e pelo ex-deputado municipal João Passos.

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