A estreia mundial de obras dos compositores Sérgio Azevedo e Telmo Marques são alguns dos destaques da temporada “Album Castrum”, da Sinfonietta de Castelo Branco, que decorre até julho de 2025.
A nova temporada “Album Castrum” decorre entre setembro de 2024 e julho de 2025, e conta com a participação e colaboração de músicos e artistas portugueses e estrangeiros, assim como estreias absolutas de obras de compositores portugueses.
“A terceira temporada da Sinfonietta de Castelo Branco apresenta na sua programação regular um ciclo de solistas, um ciclo de compositores e um ciclo de música de câmara. Além disso vão ser realizados concertos didáticos ‘workshops’ e ‘masterclass’”, anunciou hoje o diretor artístico da Sinfonietta de Castelo Branco, Bruno Cândido, durante a apresentação da temporada 2024/2025.
Bruno Cândido explicou aos jornalistas que a nova temporada teve início no dia 14, no Cineteatro Avenida de Castelo Branco, com um concerto de abertura dedicado às “Quatro Estações” de Max Richter, a partir de Vivaldi, com João Mendes, músico natural de Castelo Branco, como solista.
O próximo concerto, com obras de Tchaikovsky e do compositor português Joly Braga Santos – de quem este ano se assinala o centenário do nascimento -, decorre no dia 06 de outubro, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), no âmbito da comemoração da Implantação da República Portuguesa e do Dia Mundial da Música.
Durante o mês de novembro, no âmbito do Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial, celebrado entre a Direção-Geral das Artes (DGArtes) e o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) – Observatório Português das Atividades Culturais (OPAC), a Sinfonietta de Castelo Branco vai marcar presença em Vila Velha de Ródão, em data ainda a confirmar.
Bruno Cândido sublinhou que o objetivo deste programa passa por fomentar a coesão territorial, corrigindo assimetrias regionais no acesso à criação e fruição culturais, abrangendo concelhos de menor densidade artística profissional.
Esta parceria pretende dar resposta a um desafio que une ambas as instituições na vontade de materializar uma maior atenção para com o território, no que se refere ao desenvolvimento e promoção das políticas públicas para as artes, aliadas ao trabalho académico e de investigação, como motor de correção de assimetrias e desequilíbrios na oferta cultural e artística no país.
No dia 13 de dezembro, o CCCCB recebe, a partir das 21:30, o Concerto de Natal, dedicado sobretudo às famílias. A obra escolhida foi um clássico da época, a música de bailado “Quebra Nozes”, de Tchaikovsky, sob a direção de Guilherme Jerónimo.
Em janeiro de 2025, no dia 03, no Cineteatro Avenida, realiza-se o concerto de Ano Novo, constituindo o primeiro grande momento da temporada, segundo o diretor artístico da Sinfonietta de Castelo Branco.
O programa do concerto incluirá a Sinfonia n.º4 de Gustav Mahler, que conta com a participação da soprano Rafaela Albuquerque.
A 15 de fevereiro decorre na Fábrica da criatividade, em Castelo Branco, um ‘workshop’ sobre o “Funcionamento de uma Orquestra”.
No dia 04 de março, será a vez do Concerto de Carnaval, a partir das 17:00, no Cineteatro Avenida. O programa inclui a estreia mundial de obras do compositor Sérgio Azevedo e conta com a participação da pianista Diana Botelho Vieira.
No dia 20 de março, realiza-se o concerto comemorativo do Dia da Cidade de Castelo Branco, que inclui uma estreia mundial de uma obra de Telmo Marques dedicada a Castelo Branco.
A 25 de maio, um concerto didático no Cineteatro Avenida, a partir das 11:00, incluirá “A História do Soldado”, de Stravinsky, e a 15 de junho realiza-se o concerto de encerramento de temporada, com a apresentação do jovem solista e violoncelista Samuel Sousa.
No dia 05 de julho, a Fábrica da Criatividade recebe a segunda sessão do ‘workshop’ sobre o Funcionamento de uma Orquestra.
A Sinfonietta de Castelo Branco foi fundada em 2022 tendo como base a Orquestra de Jovens de Castelo Branco.
Maria Inês Pires, da produção da Sinfonietta, sublinhou que o grande objetivo passa por difundir a música clássica a nível nacional e internacional.
A orquestra conta com 30 a 40 elementos e conta com o apoio da Câmara de Castelo Branco e da DGArtes.
Tem parcerias com o Conservatório de Castelo Branco e tenciona crescer “com os pés assentes na terra”, sintetizou Bruno Cândido.
O objetivo da orquestra passa pela internacionalização e Maria Inês Pires vê como uma “oportunidade” a Sinfonietta estar instalada em Castelo Branco.
“Estar no interior não é uma ameaça, mas sim uma oportunidade até porque existem apoios específicos para isso”, concluiu.
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