É já durante o mês de novembro que as freguesias de Argoncilhe, Canedo, Vale, Vila Maior e Paços de Brandão, no concelho de Santa Maria da Feira, em Aveiro, irão receber os técnicos que estão a realizar um estudo pioneiro para avaliar a prevalência da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) em Portugal, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
O projeto, que contará com uma amostra de cerca de 9000 participantes, pretende determinar o impacto da DPOC no nosso país, avaliar a gravidade da doença e identificar quantas pessoas apresentam fatores de risco para o seu desenvolvimento, com a particularidade de ser um dos primeiros a nível mundial a contemplar pessoas abaixo dos 40 anos.
Jorge Ferreira, Presidente da SPP, refere que “nunca tivemos, em Portugal, um estudo epidemiológico sobre DPOC e outras doenças respiratórias, no geral. Esta será a primeira oportunidade de investigar a prevalência real destas patologias no nosso país e as características das pessoas que sofrem das mesmas, recorrendo a uma metodologia inovadora. O nosso entendimento atual sobre a DPOC já nos permite pensar para além do tabagismo enquanto fator isolado. Hoje em dia, temos uma perspetiva diferente e conseguimos relacionar dados individuais, desde o nascimento, que podem estar relacionados com a função pulmonar e com o desenvolvimento de DPOC. Ao incluirmos no estudo indivíduos mais jovens, a partir dos 20 anos, vamos, com certeza, identificar muitos desses fatores de risco que, provavelmente, nunca tinham sido aferidos neste âmbito, permitindo-nos desenhar uma estratégia de prevenção e de tratamento mais precoces”.
Apesar de ser a quarta causa de morte no mundo[1] e a quinta em Portugal[2], a DPOC é ainda pouco conhecida pelos portugueses.
O estudo irá percorrer Portugal continental e espera-se que os resultados sejam conhecidos até ao final de 2026.













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