Guarda

PS diz que na Guarda os indecisos vão ser determinantes

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O candidato do PS à presidência da Câmara da Guarda considerou hoje que as eleições de domingo serão decididas pelos indecisos, a quem apelou para que “olhem” para o programa eleitoral socialista e “se decidam pela votação no PS”.

“Acredito que estas eleições se vão decidir com os indecisos. Sabemos que cada vez mais o eleitor decide onde vai votar quando está a olhar para o boletim, mas a campanha vai elucidando sobre aquilo que deve ser a sua escolha”, disse hoje António Monteirinho à agência Lusa.

O socialista prosseguiu hoje os contactos nas empresas e as arruadas na cidade, onde estão concentradas as iniciativas dos últimos dias da campanha.

“Penso que os guardenses nos vão dar uma boa e expressiva votação e que os indecisos vão votar no PS”, realçou o candidato, que tem a missão de reconquistar um município perdido em 2013 após 37 anos de governação socialista.

António Monteirinho considerou que um “bom resultado” é ganhar, mas acrescentou que assumirá “todas as responsabilidades que os guardenses quiserem dar, ser presidente ou vereador”.

O socialista adiantou que tem havido “uma adesão muito grande” aos comícios e sessões de esclarecimento, onde notou a presença de militantes e simpatizantes de outras forças partidárias.

Para o cabeça de lista do PS, o que está em causa no domingo “é inverter a tendência de declínio que aconteceu nos últimos 12 anos e, principalmente, neste mandato, em termos económicos, populacionais, turísticos, a todos os níveis”.

“O turismo tem sido um descalabro, não temos capacidade de atração”, exemplificou.

Na sua opinião, a Guarda também não tem emprego qualificado.

“Foram anunciados mais de 1.600 postos de trabalho. O que se passa é que a maior parte deles ainda não existem, vão ser criados – e sabemos o que é a campanha eleitoral e a conversa fiada que alguns candidatos vão fazendo”, criticou.

Para António Monteirinho, o atual presidente da Câmara, Sérgio Costa, que concorre a um segundo mandato, é “o principal responsável” por esta situação por causa de “um discurso divisionista que faz com que não exista confiança nos operadores privados ou públicos”.

“Nós queremos restabelecer essa confiança e mudar de paradigma: um presidente de Câmara é, acima de tudo, um vendedor da cidade, é aquele que vai à procura dos investimentos e dos investidores e assim impulsionar a nossa economia”, assumiu o socialista, que tem sido vereador em substituição no executivo.

Defendeu, por isso, que o próximo autarca da Guarda tenha de passar “50% do seu tempo fora do concelho, à procura de investidores, e não ficar cá 99%, como aconteceu neste mandato”.

António Monteirinho acrescentou que, “quando não se procura as garantias suficientes, acontece aquilo que tem acontecido na Guarda, empresas que têm comprado lotes na plataforma logística, que dizem que vão fazer investimentos avultados e agora há zero”.

E exemplificou: “É o caso das empresas de cerveja e de outro investimento a realizar na plataforma logística, em que o objeto social dessa empresa são investimentos imobiliários, relatórios económico-financeiros e tem a sua sede no lote 242, que não existe. Inacreditável”.

Há quatro anos, as autárquicas foram ganhas pelo movimento independente Pela Guarda, liderado por Sérgio Costa –, que se recandidata com a coligação ‘Pela Guarda’ – Nós, Cidadãos!/PPM –, com 36,2% dos votos e elegeu três vereadores.

O PSD, que perdeu a Câmara a que presidia desde 2013, obteve 33,6% e também elegeu três vereadores.

O PS elegeu apenas um vereador com 17,9% dos votos, naquele que foi o seu o pior resultado de sempre em eleições autárquicas na Guarda.

O Chega e o CDS-PP obtiveram 2,6% dos votos, enquanto o Bloco de Esquerda conseguiu 1,6% e a CDU não foi além dos 1,3%.

Notícias do Centro | Lusa

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