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Proença-a-Nova: Festival dos Sabores Caprinos começa no sábado em 15 restaurantes

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A Câmara de Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, promove, a partir de sábado e até 26, o Festival dos Sabores Caprinos, que decorre diariamente em 15 restaurantes do concelho.

“Depois dos festivais do Peixe do Rio e da Tigelada, os Sabores Caprinos têm igualmente como objetivo promover os pratos com maior tradição do território [Proença-a-Nova]”, refere, em comunicado, o município.

O festival realiza-se diariamente em 15 restaurantes do concelho de Proença-a-Nova, que vão apresentar nas suas ementas propostas que utilizam a carne ou o leite de cabra, nomeadamente cabrito assado ou estonado, afogado da boda, chanfana, maranho, queijo cabreiro ou tigelada.

A autarquia explica ainda que os clientes dos restaurantes aderentes que consumirem as ementas propostas recebem um cupão que pode ter prémios a deduzir no valor da refeição.

“Os pratos com cabra eram frequentes nas principais festividades, como o casamento – dando origem ao afogado da boda – ou as festas das aldeias em que o maranho e a tigelada estavam sempre presentes. Também durante as malhas, nas casas mais ricas, havia o costume de matar uma cabra para alimentar os ranchos que se dedicavam a esse trabalho”, lê-se na nota.

O município de Proença-a-Nova refere ainda que, segundo dados do Gabinete de Apoio ao Agricultor e Empresário, “o concelho já deteve mais de 30 mil cabras entre os anos de 1940 e 1970, sinal da importância que o gado caprino tinha para as famílias, pois possibilitava um rendimento extra, por exemplo, através da venda dos cabritos ou do leite”.

Atualmente (números de 2020), Proença-a-Nova tem cerca de 5.200 caprinos adultos, distribuídos por 490 proprietários.

Em termos de raças, a autóctone Charnequeira “está quase extinta, estando a ser substituída especialmente por raças exóticas, nomeadamente Saanen, Alpina e, ultimamente, Murciana e Malaguenha”.

“Mesmo sem a expressão de outros tempos, mantêm importante papel ambiental, ecológico e paisagístico, a que se soma a questão turística por via da promoção da gastronomia com este produto tradicional”, conclui.

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