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Presidente ucraniano pede a agência nuclear da ONU para evitar desastre em Zaporijia

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epa09846713 A handout photo made available by the Ukrainian Presidential Press Service shows Ukrainian President Volodymyr Zelensky in Kyiv (Kiev), Ukraine, 24 March 2022, addressing the participants of the Group of Seven (G7) Leaders meeting in Brussels, Belgium. The day marks one month since the beginning of the full-scale invasion of Ukraine by Russian forces. EPA/UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE HANDOUT -- MANDATORY CREDIT: UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE -- HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que se deslocou à Ucrânia para visitar a central nuclear de Zaporijia, para ajudar a evitar uma catástrofe nuclear.

“Queremos que a missão da AIEA liderada pelo diretor (Rafael) Grossi encontre um caminho através (…) de corredores de segurança para chegar à central e fazer o máximo para evitar os perigos de um desastre nuclear”, disse Zelensky durante o encontro, de acordo com o vídeo divulgado pela presidência.

“Esta é uma das questões de segurança prioritárias para a Ucrânia e para todo o mundo, devido à ocupação da nossa fábrica de Zaporijia por soldados russos, criando um elevado risco de explosão e a possibilidade de um desastre nuclear”, explicou o Presidente ucraniano.

Zelensky defende que a comunidade internacional deve obter da Rússia a promessa de “uma desmilitarização imediata da central, a saída de todos os soldados russos com todos os seus explosivos e todas as suas armas”, bem como o retorno desta instalação para controlo ucraniano.

O diário norte-americano New York Times noticia hoje que a missão da AIEA deverá ter lugar na quarta-feira.

Uma das quatro centrais nucleares em operação na Ucrânia, a de Zaporijia é a maior da Europa, com seis reatores com capacidade de 1.000 megawatts cada.

A central caiu nas mãos das tropas russas em março, logo após Moscovo ter iniciado a invasão da Ucrânia, tendo sido alvo de vários bombardeamentos pelos quais Moscovo e Kiev negam responsabilidade.

Na semana passada, a central já foi brevemente desconectada da rede elétrica, pela primeira vez na sua história, depois de as linhas de energia terem sido danificadas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções.

A ONU apresentou como confirmados 5.663 civis mortos e 8.055 feridos na guerra, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Notícias do Centro | Lusa

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