O presidente reeleito da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, disse hoje que o seu segundo mandato foi “abalroado pela pandemia”.
O autarca falava na última reunião pública do mandato que agora termina, em que lamentou ter passado “quatro a cinco anos a equilibrar as contas” do Município, a que se juntaram dois anos em que a atividade municipal foi condicionada e direcionada para o combate ao Covid-19.
“Pouco tempo restou dos oito anos, num mandato que foi abalroado pela pandemia”, afirmou, numa intervenção no período que antecedeu a ordem do dia.
Ribau Esteves quis assinalar a última reunião do executivo com o reconhecimento público pelo trabalho desenvolvido pelos vereadores, quer da maioria quer da oposição, com uma palavra especial para os que cessam funções.
Do lado da maioria PSD/CDS/PPM, da equipa liderada por Ribau Esteves só fica metade para o próximo mandato, saindo o vice-presidente Jorge Ratola e as vereadoras Rita Carvalho e Rosário Carvalho, havendo também mudanças nos lugares do PS, para já com a saída do vereador João Sousa.
O presidente, reeleito por confortável maioria, enalteceu a lealdade, competência e empenho dos vereadores cessantes, numa conjuntura adversa, penitenciando-se por “um ou outro excesso que todos cometem, próprios de quem se dedica”.
Manuel Oliveira de Sousa, presidente da concelhia do PS e candidato derrotado, congratulou-se com a “muita participação e qualidade que serviram de debate e esclarecimento, enriquecendo a democracia” e considerou que a expressiva vitória de Ribau Esteves e da sua coligação legitima as suas opções.
“Os sinais políticos são óbvios e o que foi divergência está caucionado com a expressiva vitória. O presidente tem agora quatro anos para fazer melhor e fazer mais convergências, porque Aveiro precisa que se procurem consensos”, disse.
Nas últimas eleições autárquicas, a coligação PSD/CDS/PPM obteve seis mandatos para a Câmara e o PS três, tendo ainda conquistado nove das 10 freguesias.
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