Coimbra

Ponte medieval descoberta junto a Coimbra-B atrasa obra do metrobus na zona

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 Uma ponte que deverá ser do período medieval encontrada na empreitada do Sistema de Mobilidade do Mondego junto à estação de Coimbra-B vai atrasar aquela frente de obra e poderá ter implicações na solução para a estação intermodal.

A empreitada do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) junto à estação de comboios de Coimbra-B sofreu recentemente um contratempo, depois de ter sido descoberta uma “ponte em arco de volta perfeita, em alvenaria de pedra calcária, datada provavelmente do período medieval”, afirmou à agência Lusa fonte oficial da Metro Mondego, citando explicações da Infraestruturas de Portugal (IP), entidade responsável por aquelas obras.

Segundo a IP, este achado arqueológico vai obrigar a “alterações de projeto”, com os trabalhos previstos de adaptação do túnel de Coimbra-B ao SMM (autocarros elétricos articulados a circular em via dedicada) a serem “inevitavelmente afetados”.

Face à descoberta, o projeto do túnel “está atualmente em fase de alteração de modo a compatibilizar esta estrutura com a preservação da ponte existente”, acrescentou.

A descoberta da ponte irá prolongar aquela frente de obra e consequentes constrangimentos no trânsito sob o túnel de Coimbra-B (também conhecida como Estação Velha), mas a IP prevê que os achados arqueológicos não terão impacto na data prevista para a conclusão daquela empreitada do SMM, entre a Portagem e a estação de comboios.

Além das alterações no atual projeto do SMM naquela zona, a descoberta da ponte também foi dada a conhecer à equipa do arquiteto catalão Joan Busquets, responsável pelo desenho do projeto urbanístico da zona da futura estação intermodal de Coimbra, a ser construída no âmbito da linha de alta velocidade, que irá ligar Lisboa ao Porto, informou a IP.

Os achados poderão “interferir igualmente com a solução prevista” pelo arquiteto Joan Busquets para a passagem inferior no plano de pormenor da futura estação intermodal, disse.

Questionada sobre qual o destino a ser dado à ponte agora descoberta, a IP afirmou que a decisão da preservação dos achados arqueológicos caberá à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e à Câmara de Coimbra.

O SMM irá servir Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, com autocarros elétricos em via dedicada, dispondo de uma operação suburbana (entre os três concelhos) e uma operação urbana na cidade de Coimbra.

No âmbito do SMM, a estação de Coimbra-A (Estação Nova) será encerrada no início de 2025, estando previsto o fim da ligação ferroviária entre as duas estações da cidade.

Notícias do Centro | Lusa

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