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Pombal vai dar refeições não consumidas em escolas a pessoas carenciadas

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O Município de Pombal vai dar a pessoas carenciadas as refeições não consumidas em três escolas através de um protocolo com a Sociedade de São Vicente de Paulo, hoje aprovado em reunião camarária.

À agência Lusa, a vereadora Catarina Silva, que tem o pelouro do Desenvolvimento Social, explicou que a Câmara tem sido alertada por parte de juntas de freguesia, em especial a de Pombal, e que a sua equipa de nutricionistas “também tem esta preocupação sempre em mente”, de que “há sempre um conjunto de refeições que são feitas diariamente e que acabam por não ser consumidas”.

Catarina Silva precisou que esta situação se deve ao facto de ser “feita comida a mais”, mas, sobretudo, porque as famílias não comunicam antecipadamente que a criança vai faltar”, referindo tratar-se de um número elevado de refeições.

Em setembro, este projeto de combate ao desperdício alimentar arranca nas escolas básica integrada Gualdim Pais, 2.º e 3.º ciclos Marquês de Pombal e secundária de Pombal, todas na sede do concelho, nas quais a gestão das cozinhas está sob a alçada do município.

Após cada refeição, a Sociedade de São Vicente de Paulo vai recolher as que não foram consumidas, para distribuir por agregados familiares carenciados.

Catarina Silva adiantou que o objetivo é alargar esta medida a outros estabelecimentos de ensino.

“Estamos a falar de outros refeitórios que são geridos por outras entidades, mas que podem fazer estes acordos de cooperação também com instituições locais que façam essa distribuição”, declarou a vereadora.

A autarca assegurou que os impactos desta iniciativa vão ser avaliados, assim como a operacionalidade, com o objetivo de melhorar.

“Depois, também vamos desafiar as juntas de freguesia e outras entidades” que gerem refeitórios escolares para replicar a iniciativa, acrescentou, frisando que “não desperdiçar comida é o ideal”.

Segundo informação enviada à Lusa, o desperdício alimentar (refeições marcadas e não consumidas) naquelas escolas “é maior do que seria desejável e representa, em média, 3,6% das refeições em outubro, novembro e dezembro de 2023 e janeiro de 2024”.

“Nos referidos meses, verificou-se que são desperdiçadas mensalmente, em média, 291,5 refeições na EBI Gualdim Pais, 214,8 refeições na EB 2,3 Marquês de Pombal e 132,8 refeições na Escola Secundária de Pombal”, adiantou.

De acordo com os dados da autarquia, “relativamente às refeições não consumidas diariamente, observou-se que, em média, são desperdiçadas 18 refeições na EBI Gualdim Pais, 13 refeições na EB 2,3 Marquês de Pombal e oito refeições na Escola Secundária de Pombal, totalizando uma média de 39 refeições não servidas diariamente”.

Destacando “a responsabilidade social do município na promoção da sustentabilidade, na redução do desperdício alimentar e no esbatimento das desigualdades sociais (combate à fome) e promoção da saúde”, o objetivo deste projeto é a “criação de uma rede de reaproveitamento/distribuição das refeições confecionadas e não servidas nas escolas com cozinha/refeitório escolar ao encargo do município”.

A Sociedade de São Vicente de Paulo, conhecida como Conferência de São Vicente de Paulo, que tem um “trabalho com algumas décadas de apoio a quem mais necessita”, manifestou disponibilidade para recolher as refeições não consumidas nas escolas, além de que dispõe de condições para o armazenamento e distribuição das refeições na população abrangida pela sua esfera de ação, acrescentou aquela Câmara do distrito de Leiria.

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