O Politécnico de Leiria e a Guarda Nacional Republicana (GNR) assinaram um protocolo nas áreas da informática forense e cibersegurança, para o “aproveitamento recíproco das potencialidades científicas, técnicas e humanas das duas partes”.
“A cooperação reconhece a importância da aproximação do conhecimento científico do ensino superior a uma entidade responsável por zelar pela segurança da população”, refere uma nota de imprensa hoje divulgada pelo Politécnico de Leiria.
Segundo o estabelecimento de ensino superior, “a parceria resulta de várias diligências efetuadas com a GNR por forma a alargar a cooperação na área da informática forense, e que incluíram uma visita ao LabCIF – Laboratório de Cibersegurança e Informática Forense da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria, culminando na celebração de um protocolo com esta força de segurança”.
“No âmbito deste protocolo, o Politécnico de Leiria e a GNR comprometem-se a promover a partilha de informação científica e técnica nas áreas consideradas de interesse para ambas as partes, nomeadamente na informática forense, cibersegurança, engenharia ambiental, ou outras, bem como a participar e promover conjuntamente atividades de caráter técnico-científico e de investigação, e a colaborar na realização de estágios e projetos finais de curso”, adianta.
O acordo agora estabelecido “prevê ainda a promoção conjunta de seminários, ‘workshops’ e outras iniciativas públicas, e a cooperação em cursos de especialização, de pós-graduação ou outros, visando uma aproximação entre comunidade científica e o conhecimento técnico”.
Citado na nota de imprensa, o presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, considera que “este é mais um marco importante no reconhecimento da capacidade de formação, de investigação e da prestação de serviços com impacto” do instituto, “neste caso pelo reconhecimento da GNR”.
Para Rui Pedrosa, trata-se de “um parceiro importante para o Politécnico de Leiria em múltiplas áreas, mas, neste caso particular, para a colaboração na área da informática forense e da cibersegurança”.
À agência Lusa, o comandante do Comando Territorial de Leiria da GNR, coronel Manuel Carlos Afonso, que com o presidente do Politécnico de Leiria assinou na quarta-feira o protocolo, considerou a iniciativa de “extrema importância”.
O coronel, que cessa hoje funções como comandante territorial de Leiria, destacou a importância de a Guarda “também poder contribuir” nas áreas contempladas no protocolo com o Politécnico de Leiria e, “da mesma forma, receber todo o apoio e conhecimento nestas temáticas por parte do instituto”.
O comandante Manuel Carlos Afonso salientou, por outro lado, que o protocolo permite à GNR receber alunos do Politécnico em estágio naquelas áreas.
“O ‘modus operandi’ dos criminosos na área informática e digital é cada vez maior e faz com que a Guarda acompanhe esta evolução, dispondo de mecanismos próprios para fazer face a este tipo de investigação”, adiantou.
O coronel, que na segunda-feira assume as funções de comandante territorial do Porto, reconheceu ainda que a informática forense e a cibersegurança é “uma das aéreas de investigação em constante desenvolvimento e melhoria”.
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