Guarda

Politécnico da Guarda lidera nova fase europeia de inovação azul com foco na sustentabilidade marítima

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O Politécnico da Guarda coordena a terceira “open call” do ADT4Blue, um projeto europeu de tecnologias digitais avançadas para a Economia Azul.

“Esta fase do projeto evidencia o compromisso do consórcio e do IPG em promover soluções digitais avançadas nos domínios da sustentabilidade marítima, eficiência energética e valorização das comunidades costeiras”, afirma o seu presidente, Joaquim Brigas.

O desenvolvimento de soluções digitais avançadas para reduzir a bioincrustação no casco das embarcações e para garantir a segurança e a sustentabilidade socioeconómica das comunidades piscatórias são dois projetos que vão ser lançados no terceiro e último programa de aceleração do ADT4Blue, consórcio europeu liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda – IPG. Este consórcio é cofinanciado pelo programa “Interreg Atlantic Area” com 3,1 milhões de euros e tem por objetivo a promoção da inovação tecnológica, da digitalização e da sustentabilidade no setor marítimo.

 Depois do encerramento da segunda “open call”, à qual foram submetidas 54 candidaturas, o projeto ADT4Blue – Tecnologias Digitais Avançadas para a Economia Azul – atingiu um novo patamar e 30 a 40 projetos vão ser selecionados para integrar o programa de aceleração, que oferece formação especializada, mentoria individualizada, workshops de empreendedorismo, eventos de networking e acesso a oportunidades de financiamento. No final de outubro será lançada a terceira e última “open call”. 

“O projeto ADT4Blue está no seu último ano de execução e a segunda ‘open call’ alcançou excelentes resultados que permitiu ao IPG criar pontes com organizações e iniciativas que partilham a nossa missão de impulsionar a Economia Azul”, afirma Pedro Fonseca, investigador do projeto. “A equipa encontra-se agora empenhada em realizar uma terceira e grande ‘open call’ e o nosso objetivo é chegarmos a agosto de 2026 com a certeza de termos dado um contributo sólido para o avanço da digitalização da economia azul na Europa atlântica”.

Segundo Joaquim Brigas, presidente do Politécnico da Guarda, “esta fase do projeto evidencia o compromisso do consórcio em promover soluções digitais avançadas que respondam a desafios concretos nos domínios da sustentabilidade marítima, eficiência energética e valorização das comunidades costeiras”.

Dois dos 18 desafios estratégicos que irão integrar a última “open call” foram tornados públicos num webinar que decorreu no início de outubro e serão apresentados no final do mês. Um desses desafios consiste no desenvolvimento de soluções digitais avançadas para reduzir a bioincrustação e os seus efeitos. Este fenómeno consiste na acumulação de organismos nos cascos das embarcações, a qual provoca o aumento significativo do arrasto e do consumo de combustível das embarcações, contribuindo para maiores emissões de CO₂ e custos operacionais elevados. A inovação neste domínio é essencial para promover um transporte marítimo mais verde, eficiente e competitivo, até porque os processos de desincrustação que existem atualmente são pouco eficientes e causadores de poluição.

Outro desafio relevante centra-se na criação de ferramentas digitais capazes de reforçar competências nas comunidades piscatórias costeiras, proporcionando um acesso fácil e em tempo real a dados críticos como as condições meteorológicas, movimentação de cardumes e preços de mercado de diferentes espécies de pescado. Estas soluções digitais permitem fortalecer a segurança, a resiliência e a sustentabilidade económica da pesca artesanal no seio destas comunidades, especialmente perante os desafios decorrentes dos efeitos das alterações climáticas e da pressão sobre os stocks de recursos marinhos.

“Estes desafios refletem a visão do ADT4Blue e também as prioridades do Politécnico da Guarda: apostar no conhecimento e na tecnologia para a sustentabilidade e o desenvolvimento socioeconómico das comunidades costeiras”, sublinhou Joaquim Brigas.

A equipa do ADT4Blue já prepara o lançamento da terceira e última “open call”, a qual reunirá mais de dez desafios inovadores, com candidaturas abertas até 31 de dezembro, convidando empreendedores, startups e centros de investigação a apresentarem soluções tecnológicas que promovam a transição verde e digital da Economia Azul.

O projeto ADT4Blue – Advanced Digital Technologies for the Blue Economy é uma iniciativa cofinanciada pelo programa Interreg Atlantic Area, que visa impulsionar a inovação tecnológica, a digitalização e a sustentabilidade no setor marítimo.

Reúne um consórcio de 13 parceiros: Politécnico da Guarda; Administração do Porto de Aveiro; Administração do Porto da Figueira da Foz; INOVA-RIA – Rede de Inovação em Aveiro; The French National Centre for Scientific Research (França); ACCENT SUD Association, Talence (França); CeADAR – Ireland’s Centre for AI; F6S Network Ireland; University of Galway – Data Science Institute (Irlanda); Cluster GAIA – Association of Knowledge and Applied Technologies Industries (País Basco, Espanha); Urola Kostako Udal Elkartea (País Basco, Espanha); ESTIA – School of Engineering (País Basco, Espanha) e Universidad de Deusto (Bilbau e San Sebastian, Espanha)

Notícias do Centro | Lusa

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