Guarda

Oposição diz que Sérgio Costa “deixou de ter desculpas” para governar a Guarda

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O candidato derrotado da coligação Guarda com Ambição (PSD/CDS-PP/IL) vai assumir o lugar de vereador na Câmara da Guarda, enquanto o cabeça de lista do PS vai ponderar o futuro no elenco municipal, que vai ser governado por Sérgio Costa com maioria absoluta.

O novo executivo municipal saído das eleições de domingo vai ter quatro vereadores da coligação Pela Guarda-Nós, Cidadãos!/PPM, dois eleitos da coligação PSD/CDS-PP/IL e um do PS.

“Assumirei o lugar de vereador, isso nunca esteve em questão”, garantiu à agência Lusa João Prata, cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/IL.

O social-democrata adiantou que também a número dois, Alexandra Isidro, igualmente eleita, irá ocupar o lugar no executivo e que todos os restantes elementos da lista terão “a oportunidade de exercer o lugar de vereador, em substituição, durante o mandato, nas vezes em que algum não possa ir às reuniões de Câmara”.

Perante a maioria absoluta de Sérgio Costa, João Prata admitiu que o mandato não será “difícil”.

“Vamos ver como essa maioria absoluta vai funcionar e vamos ver, realmente, se as promessas são ou não cumpridas porque, em certa medida, deixou de haver desculpas, deixou de haver queixinhas”, afirmou.

João Prata realçou que, com este resultado, Sérgio Costa vai poder concretizar “as promessas que não foram concretizadas nestes quatro anos”.

“Vamos ver se agora há capacidade, qualidade, para as realizar, mas nós cá estaremos para marcarmos a nossa posição e tentarmos, pelo menos, fazer vingar as ideias que consideramos ideais para o concelho da Guarda e que foram enunciadas no nosso programa”, realçou.

Já António Monteirinho, cabeça de lista do PS, adiantou à agência Lusa que ainda não decidiu se será vereador.

“Ainda não tomei a decisão, disse que assumiria as minhas responsabilidades, vou analisar os resultados friamente. Decidirei brevemente, numa semana, quinze dias”, assumiu.

Realçando que o PS manteve o lugar que tinha na vereação, o socialista reconheceu que os resultados não foram os esperados.

“A derrota é da minha inteira responsabilidade e assumo-a em pleno, mas o PS é muito mais do que isso. O PS entrou numa fase de renovação, as suas listas são de gente jovem, gente independente e agora vamos dar um novo rumo ao partido na Guarda, provavelmente com outros protagonistas”, declarou.

António Monteirinho acrescentou que não se demitirá da liderança da concelhia do PS.

“Levarei o mandato até ao fim, mas não me voltarei a recandidatar, isso é certo. Haverá outras pessoas para me suceder”, admitiu.

Quanto à maioria absoluta de Sérgio Costa, António Monteirinho considerou que o presidente da Câmara da Guarda vai ter “a oportunidade de governar sem nunca se lamentar que a oposição é que dificulta o processo de desenvolvimento” do concelho.

“Até considero que é importante que isso tenha acontecido [maioria absoluta] porque, a partir de agora, não se pode lamentar que a oposição está a fazer um bloqueio à sua governação”, afirmou.

Nas eleições de domingo, Sérgio Costa (Pela Guarda – Nós, Cidadãos!/PPM) foi reeleito presidente da Câmara da Guarda com 45,92% (11.168 votos) e elegeu quatro vereadores, conseguindo a maioria absoluta que pediu durante a campanha.

João Prata (PSD/CDS-PP/IL) não foi além dos 30,34% (7.378 votos) e elegeu dois vereadores, enquanto António Monteirinho (PS) segurou o mandato obtido em 2021 com 13,40% (3.259 votos).

O Chega obteve 5,07% (1.234 votos), o ADN conseguiu 1,11% (269 votos) e a CDU ficou-se pelos 1,00% (243 votos).

Houve 346 votos brancos (1,42%) e 424 votos nulos (1,74%).

A abstenção na Guarda foi de 33,07%.

Notícias do Centro | Lusa

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