Coimbra

Oliveira do Hospital destrói mais de 650 ninhos de vespa asiática

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A Câmara de Oliveira do Hospital, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, destruiu 672 ninhos de vespa asiática, identificados em várias localidades do concelho, entre janeiro de 2023 e agosto de 2024, anunciou hoje aquela autarquia.

O número de ninhos de vespa velutina, conhecida como vespa asiática, destruídos neste período, consta no mais recente relatório do Serviço Municipal de Proteção Civil, afirmou a Câmara de Oliveira do Hospital, em nota enviada à agência Lusa.

Entre janeiro e dezembro de 2023 foram destruídos 494 ninhos de vespa asiática, tendo sido o maior número identificado em Seixo da Beira, com 71 registos, seguindo-se a União de Freguesias de Ervedal da Beira e Vila Franca da Beira, com 67 ninhos identificados e destruídos.

As freguesias de São Gião e de Alvoco das Várzeas foram apontadas como as localidades com menor número de ninhos, com a destruição de cinco e sete colónias, respetivamente.

Este ano, o Serviço Municipal de Proteção Civil já procedeu à destruição de 178 ninhos e, a semelhança de 2023, em Seixo da Beira foi identificado o maior número (26).

A freguesia de Meruge é a localidade com o menor número, tendo sido feita a destruição de três colónias.

Segundo o relatório, o combate à vespa asiática neste concelho do distrito de Coimbra teve início em 2018, período em que o número de ninhos começou a aumentar exponencialmente, com maior incidência nas aldeias e vilas da região norte de Oliveira do Hospital.

A identificação e destruição de ninhos de vespa no concelho é “sinal de que as pessoas já estão despertas e atentas para este problema”, uma vez que, na maioria das vezes, “é a população que primeiramente identifica os ninhos, dando o alerta para os serviços municipais”, afirmou o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, citado na nota.

A vespa velutina interfere no bem-estar e na segurança da população e causa impactos negativos graves na apicultura, no ambiente e na biodiversidade, afirmou a autarquia, acrescentando que, pela consciência da importância das abelhas no ecossistema, o município lançou, em 2023, um programa de apoio aos apicultores do concelho.

“Este apoio, que contemplou mais de meia centena de apicultores, traduziu-se na distribuição de sete toneladas de alimentação para as colmeias e de armadilhas para a captura da vespa asiática e abrangeu mais de duas mil colónias no concelho”.

Trata-se de um investimento que visou contribuir e fomentar aquela que é considerada pela Câmara uma importante atividade económica, com relevo e história no município, e estimular a produção de mel.

“Por outro lado, pela necessidade de reforçar o papel que as abelhas têm na manutenção da biodiversidade e na polinização de culturas, sobretudo em meio rural, e incentivar o combate à vespa asiática”.

A Câmara de Oliveira do Hospital acrescentou ainda um apelo à toda a população para que, em caso de avistamento de um ninho, se informe de imediato o Serviço Municipal de Proteção Civil, pelo telefone 238 605 250.

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Monte Real sem termas há uma década ambiciona “voltar a estar no mapa” Leiria, 31 ago 2024 (Lusa) – A presidente da União de Freguesias de Monte Real e Carvide, no concelho de Leiria, afirmou que a vila de Monte Real, conhecida pelas termas, encerradas há uma década, ambiciona “voltar a estar no mapa”. “Ambicionamos voltar a estar no mapa pela nossa própria identidade e não apenas por estarmos bem localizados em relação a locais tradicionalmente atrativos como Fátima e Batalha”, disse à agência Lusa Paula Jorge. Em fevereiro de 2014, na sequência do mau tempo, o espaço que alberga as termas de Monte Real e o SPA inundou. Reabriu em julho do mesmo ano, após obras de recuperação de 2,5 milhões de euros, anunciou na ocasião o empreendimento Monte Real – Hotel, Termas e SPA (sob gestão da DHM – Discovery Hotel Management, marca hoteleira do fundo de ativos imobiliários turísticos Discovery Portugal Real Estate Fund). No verão de 2015, as termas não reabriram, pela primeira vez em 90 anos, o que levou hoteleiros e comerciantes de Monte Real a colocarem bandeiras e faixas pretas nos seus estabelecimentos em protesto. Paula Jorge afirmou que o desenvolvimento económico de Monte Real, “desde 1925, esteve diretamente relacionado com o aumento do interesse pelo termalismo” e, depois, com o movimento da Base Aérea nº 5 (BA5), inaugurada em 1959. Com “décadas de grande dinamismo local” e sem necessidade de procurar outras dinâmicas de desenvolvimento, a autarca reconheceu que “estes dois fatores de crescimento se alteraram significativamente”, apontando “a significativa redução de civis” na BA5 e o “drástico fecho das termas”. E se “todos os negócios dependentes dos aquistas” sofreram muito, esta responsável notou, contudo, que houve “quem ficasse à espera da reabertura das termas e sucumbiu, e houve quem, mesmo com muita dificuldade, procurasse soluções e encontrasse alternativas”. Para Paula Jorge, Monte Real “tem um carisma muito próprio” que a autarquia quer continuar a valorizar em todo o território da união de freguesias. “Tem sido um trabalho dispendioso e moroso, de pesquisa e de preservação do património existente e da criação de novos pontos de interesse, que acreditamos irão ajudar na promoção da atratividade e no desenvolvimento de uma nova imagem positiva do nosso território”, declarou, considerando “fundamental impulsionar de novo o turismo local que permita manter as atividades económicas existentes, desejavelmente com as termas abertas, e captar novas e diversificadas”. O presidente da Associação de Turismo de Monte Real, Joaquim Vitorino, lamentou não haver estratégia para colmatar as consequências do fecho das termas. “Existe ainda muita capacidade de hotelaria, se não for feito nada, vão fechando uns [hotéis] atrás dos outros”, alertou Joaquim Vitorino, antigo proprietário de um hotel, vendido devido ao fecho das termas e à morte de um familiar, e que se encontra encerrado. Segundo dados do Turismo Centro de Portugal, em 2014, em Monte Real, entre hotéis e pensões, existiam nove, com 1.026 camas. Uma década volvida, são seis os hotéis com 714 camas. Para Joaquim Vitorino, o turista de Monte Real é a “pessoa de passagem” ou que chega enganada, pois pensa que as termas estão abertas e a sinalética em estradas mantém a indicação. Mas há também os hotéis que trabalham com operadores turísticos estrangeiros que asseguram grupos. “Pernoitam em Monte Real e no dia seguinte vão a Fátima ou Lisboa ou Porto ou Aveiro, e Monte Real acaba por ser só o dormitório”, referiu, concretizando tratar-se de excursões de estrangeiros, por norma franceses e espanhóis da terceira idade. O ex-empresário avisou ainda que se a vila não tiver algo de que as pessoas possam usufruir “acabam por nunca mais voltar”. Num dia de agosto, a Lusa ouviu de moradores relatos de saudosismo, quando a vila fervilhava de movimento, havendo quem comparasse Monte Real no final do século passado com a capital: “Faz de conta que era uma baixa de Lisboa”. Se alguns habitantes consideram que os turistas escolhem pernoitar em Monte Real devido à proximidade de praias como Pedrógão ou Vieira, esta no concelho da Marinha Grande, outros apontam o facto de ser uma zona “pacata, calma”, mas à qual falta animação e restauração. A Câmara de Leiria fez saber que considera a reabertura das termas “de grande importância para a economia local”, estando a acompanhar as diligências para tal. Considerando que Monte Real “apresenta grande potencial de desenvolvimento”, a autarquia adiantou ter criado “condições especiais para promover a reabilitação urbana, com a aprovação de duas áreas de reabilitação urbana”, nos núcleos antigo e das termas da vila. “Temos também vindo a investir na melhoria da qualidade de vida e na atratividade desta vila”, acrescentou, exemplificando com um investimento superior a 700 mil euros numa praça e de um contrato interadministrativo com a união de freguesias, através do qual o Posto de Turismo está aberto ao público.

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