Aveiro

Oliveira de Azeméis: Projeto Madrilusa quer empregar 1.600 jovens da CPLP em empresas como a Novarroz

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A Associação de Desenvolvimento Regional Integral das Terras de Santa Maria (ADRITEM) lança no dia 20 um projeto para colocação profissional de 1.600 jovens da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em empresas nortenhas como a Novarroz.

Esse objetivo será viabilizado com recurso ao programa Madrilusa, como revelou hoje a associação que, tendo sede em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, desenvolve atividade também nos concelhos de Santa Maria da Feira, Gondomar e Valongo, e, em determinados domínios, ainda nos de Arouca, Espinho, São João da Madeira, Vale de Cambra e Vila Nova de Gaia.

É precisamente nesse último concelho que será apresentado publicamente o projeto que, segundo fonte oficial da ADRITEM, visa “acelerar a integração de 1.600 jovens imigrantes da CPLP na região Norte, promovendo empregabilidade, cultura e participação comunitária”.

Para o efeito, o Madrilusa conta com cerca de 370.000 euros, a aplicar de forma distribuída por três anos. Desses, 60% destinam-se à “criação de quatro postos de trabalho” afetos ao projeto e os restantes 40% destinam-se a custos indiretos como “deslocações, consumíveis e serviços essenciais ao bom funcionamento” da medida.

Esse orçamento é financiado pelo programa “Portugal Inovação Social”, mas, após o primeiro triénio, a expectativa da ADRITEM é que o projeto passe a ser suportado “por empresas e municípios”.

Entretanto, o Madrilusa já assegurou a parceria das empresas Novarroz – Produtos Alimentares e Ferpinta – Indústria de Tubos de Aço, estando em negociações também com a Simoldes, a Mesacer e a Joluce. Serão ainda consideradas outras firmas com “necessidades reais de recrutamento em setores como indústria, logística, restauração, agricultura e serviços”.

O projeto prevê assim a criação de “pelo menos 120 oportunidades de integração profissional” ao longo dos seus 36 meses de implementação, sendo que essas se destinam a jovens imigrantes com idades dos 18 aos 30 anos.

Os candidatos serão os beneficiários de ações de mentoria realizadas em escolas e também podem ser indicados por centros de emprego e instituições ligadas à imigração.

Quanto aos postos laborais disponíveis, o Madrilusa procura perfis adequados às funções de “operadores industriais e logísticos, auxiliares de restauração e hotelaria, assistentes administrativos” e ainda técnicos de “energia, mecânica, informática e saúde”, sempre “consoante as vagas das empresas”.

Uma vez identificados os jovens interessados, esses vão participar em ações de formação focadas em competências pessoas e profissionais, em estágios de observação em contexto laboral e em sessões de mentoria e ‘matching’ com encaminhamento para ofertas reais das empresas parceiras, após o que irão ter “monitorização” contínua no novo emprego.

Algumas dessas ações também irão decorrer em territórios da CoraNe – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, que é parceira do Madrilusa, mas a ADRITEM equaciona alargar o projeto ainda a mais municípios do Norte, “mediante o interesse das comunidades locais” e a adesão de outras instituições.

“O Madrilusa nasce da convicção de que a Lusofonia é uma força viva, feita de pessoas, culturas e territórios que crescem juntas”, declara Teresa Pouzada, diretora não-executiva da ADRITEM. “Queremos transformar a diversidade em oportunidade e a integração num caminho de progresso partilhado”, conclui.

Notícias do Centro | Lusa

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