A curta-metragem “O nosso reino”, de Luís Costa, venceu o prémio nacional do Festival Vista Curta 2021, promovido pelo Cine Clube de Viseu, que também elegeu a melhor local e atribuiu um novo prémio, anunciou hoje a organização.
O prémio nacional do Vista Curta 2021 vai para “O nosso reino”, de Luís Costa, anunciou hoje a organização, no último dia do festival de cinema de curtas-metragens, que decorreu no auditório do Instituto Português da Juventude.
“Considerando a aparente simplicidade da forma, e o modo como contrasta com a complexidade temática, as componentes imagética e sonora e a sua relação levam a uma experiência eminentemente cinematográfica”, justificou o júri.
O painel de jurados foi composto por Melanie Pereira, José Faro e Samuel Barbosa que tiveram a responsabilidade de escolher as melhores curtas para o prémio nacional, com 16 a concurso, e para o prémio local, que contou com três participações.
O prémio local, também no valor de 1.500 euros, como o nacional, foi atribuído a Inês Costa, pelo filme “Amélia”, anunciaram os responsáveis do Cine Clube de Viseu, entidade que organiza o festival.
“Com uma combinação bela entre a imagem filmada e a animação, que resulta num efeito plástico rico e que fortalece a narrativa, essa plasticidade transporta-nos de forma envolvente para um espaço temporal e para uma história tocante e repleta de pontos de afinidade”, justificam os jurados.
O Vista Curta apresentou este ano um novo prémio, intitulado Primeira Vista que teve como júri cinco alunos das escolas secundárias Emídio Navarro e Viriato e também da Escola Profissional Mariana Seixas, que foram “elementos ativos” nos cinco dias de festival.
“Quisemos dar um passo em frente no envolvimento do público jovem”, justifica a organização que, além das atividades que envolvem os mais novos, quis “envolvê-los ainda mais” e, com isso, criar “um lugar de encontro, debate e decisão, sem autoridade ou regras, só vontade de ver filmes”.
Inês Cunha, Catarina Pereira, Samuel Rendeiro, Marta Alves e Beatriz Silva atribuíram assim o prémio Primeira Vista à curta “Salto”, de Nuno Baltazar, que foi escolhida entre as 19 a concurso, sem distinção entre local ou nacional.
Com todas as curtas que participaram no festival nesta competição, a escolhida pelo júri composto por cinco jovens não recebeu qualquer valor monetário como prémio, foi atribuída uma escultura de Liliana Velho ao realizador eleito.
À agência Lusa, um dos elementos da organização do festival disse que, passados estes cinco dias de festival “e um período de turbulência” causado pela pandemia, o Cine Clube de Viseu viu “algumas sessões quase lotadas, o que é bom”.
“E conseguimos proporcionar várias valências do Vista Curta, quase em moldes normais, como antes da pandemia. Além das sessões de cinema conseguimos várias conversas, nomeadamente com realizadores, várias atividades distintas e os cine-concertos”, destacou Rodrigo Francisco.
O Festival Vista Curta aposta, de acordo coma a organização, na “produção independente, maioritariamente regional, mostrando também a produção nacional que interpela a interioridade, refletindo a importância de uma prática política e artística no cinema”.
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