O independente Sérgio Costa, eleito presidente da Câmara da Guarda nas últimas autárquicas, disse hoje que pretende trabalhar para afirmar a cidade como “capital da Beira Interior Norte” e da “sub-região das Beiras e Serra da Estrela”.
“Há tanto para fazer na Guarda. A Guarda tem que se afirmar, conforme já referi, como a capital da Beira Interior Norte, desta sub-região das Beiras e Serra da Estrela. Há tanto para fazer, há tanto para puxar pela Guarda. Há 27 anos, eu vim para a Guarda porque ela era atrativa sob o ponto de vista social, sob o ponto de vista da empregabilidade, sob o ponto de vista do ensino, entre tantas outras matérias”, disse hoje Sérgio Costa à agência Lusa.
O líder do movimento independente “Pela Guarda”, que vai tomar posse como novo presidente da Câmara Municipal no dia 16, considera que é preciso “retornar a esses tempos” porque “eram tempos bons” e a Guarda “tem todas” as condições para o fazer e é “uma das 18 capitais de distrito de Portugal continental”.
“E nós temos que ambicionar estarmos, ou posicionarmo-nos no lugar que merecemos, como capital de distrito, como capital das Beiras e Serra da Estrela, desta grande sub-região, com a localização geográfica que nós temos, com as autoestradas e com a ferrovia”, defende.
Na opinião de Sérgio Costa, a Guarda tem as condições para se afirmar na liderança da região: “Temos é que aproveitar essas condições para nos catapultarmos naturalmente e para nos catapultarmos em termos da visualização nacional e da visualização ibérica e europeia e para atrair para aqui investimento, porque o grande motor da economia serão sempre as empresas e nós temos que estar sempre ao lado delas, mas temos de ter muito trabalho em rede, onde todos os agentes políticos são chamados a comparecer sob o ponto de vista positivo”.
Para o novo presidente eleito, “as pugnas eleitorais já terminaram e a população da Guarda está farta de ver as politiquices de vão de escada”.
“Isso não nos leva a lado nenhum, temos é que trabalhar para o futuro desta nossa cidade, deste nosso concelho, desta nossa região”, sublinha.
Na entrevista à Lusa, Sérgio Costa promete ainda “trabalhar muito em prol do desenvolvimento” da Guarda.
Ajudar as empresas já instaladas no território e captar novos investimentos, para criar mais postos de trabalho e “mais riqueza”, são prioridades do mandato 2021-2025, sem esquecer a economia social.
Na educação diz que o município, sob a sua liderança, irá trabalhar em rede, em parceria com todas as instituições de ensino.
A regeneração urbana do centro histórico, a construção da nova “variante dos Efes” e a duplicação do parque industrial, são projetos a concretizar no mandato para que a cidade seja “atrativa, como outrora foi”.
Como prioridades destaca a execução do Plano de Pormenor do Cabroeiro e a “variante dos Efes” (que ligará a zona do antigo matadouro à Via de Cintura Externa), bem como a conclusão da revisão do Plano Diretor Municipal.
No setor da saúde, o novo autarca pretende constituir o Conselho Municipal da Saúde, considerando que é fundamental iniciar “rapidamente” a totalidade da 2.ª fase das obras da requalificação do hospital e aumentar os recursos humanos.
De acordo com dados do Ministério da Administração Interna, apuradas as 43 freguesias, o “Pela Guarda” venceu as eleições com 36,22% dos votos e garantiu três mandatos, seguindo-se o PSD com 33,68% (com igual número de mandatos) e o PS com 17,98% dos votos e um mandato.
Sérgio Costa não tem maioria no novo executivo municipal e questionado sobre se irá estabelecer consensos com os partidos da oposição, respondeu que a máxima política de que “quem ganha governa” deve ser respeitada e “a seu tempo” abordará a questão.
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