A Câmara de Tondela anunciou hoje que foram descobertos, no espaço envolvente da Igreja Velha de Canas de Santa Maria, vários muros primitivos, que deverão ser do século XII, e vários locais de enterramento.
“Os trabalhos de pesquisa arqueológica e histórica realizados na Igreja Velha de Canas de Santa Maria e no espaço envolvente permitiram descobrir vários muros primitivos, do antigo templo religioso, que se supõem ser do século XII, e vários locais de enterramento”, anunciou o Município de Tondela, distrito de Viseu.
A descoberta foi apresentada na sequência de trabalhos de pesquisa arqueológica e histórica desenvolvidos por Gabriel Pereira, Nuno Barraca e Jorge Arrais, que realizaram seis sondagens que colocaram a descoberto os muros da delimitação do adro da Igreja Velha de Canas de Santa Maria.
A Câmara Municipal de Tondela referiu também descobertos “alguns materiais de maior relevância”, como, por exemplo, azulejos hispano-árabes, moedas, instrumentos metálicos e fragmentos cerâmicos desde o século XIII à idade contemporânea.
“Já a pesquisa histórica revelou que as primeiras referências documentais do espaço religioso datam do século X, associando a localidade ao Mosteiro de Lorvão, tratando-se do testamento de Inderquina, cognominada Pala”.
O Município realça que “nas inquirições gerais de 1258 (D. Afonso III) pode ler-se que D.ª Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, terá ordenado a construção de um templo dedicado a Santa Maria ou à Mãe de Cristo”.
Os investigadores, que encontraram também referências à igreja na relação das igrejas, capelas e mosteiros existentes no bispado e diocese de Viseu em 1675, descobriram as diferentes reabilitações no edificado religioso.
A última reabilitação foi em 2019 por intermédio da Câmara Municipal de Tondela, numa empreitada orçada em 198.000 euros.
A fachada da Igreja Velha de Canas de Santa Maria é Monumento Nacional desde 1926.
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