Os agricultores concentrados em Coimbra desde quinta-feira adotaram hoje novas formas de protesto, designadamente buzinões e marcha lenta na Baixa da cidade.
“Só saímos daqui quando tivermos uma resposta às nossas reivindicações”, disse à agência Lusa um dos dinamizadores da manifestação, Carlos Plácido.
O agricultor, que tem explorações agrícolas nos concelhos de Coimbra e Montemor-o-Velho, no Baixo Mondego, adiantou que se mantiveram durante a noite na avenida Fernão de Magalhães cerca de 250 tratores e outros veículos.
Às 08:00, os manifestantes efetuaram um buzinão e prometeram repetir de hora a hora o mesmo ruído de protesto.
A circulação naquela avenida está cortada entre a rotunda da rodoviária e a rotunda da Cindazunda nos dois sentidos, sendo apenas possível a circulação para veículos de emergência e de socorro.
Estes agricultores entregaram na quinta-feira um caderno reivindicativo na Direção-Geral de Agricultura e Pescas, mas ainda não receberam resposta.
A maior parte das medidas do pacote de apoio aos agricultores portugueses, que foi anunciado na quarta-feira, com mais de 400 milhões de euros de dotação, entra em vigor ainda este mês, anunciou na quinta-feira o Governo.
Vários manifestantes que na quinta-feira estiveram por todo o país acabaram por desmobilizar ao início da noite, depois de se terem concentrado de madrugada, mas em Coimbra e em outros locais ainda se mantêm os protestos.
Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.
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