O candidato do Chega à presidência do Município de Leiria, Luís Paulo Fernandes, prometeu hoje descida de impostos, referindo-se à derrama e à participação variável no IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares).
“Vou dar as minhas forças todas, porque eu não quero mais uma Câmara com IRS à taxa máxima”, afirmou à agência Lusa Luís Paulo Fernandes, numa iniciativa de campanha para as eleições autárquicas de domingo junto ao mercado municipal.
O cabeça de lista do Chega criticou também a derrama (imposto sobre o lucro tributável das pessoas coletivas), que “está ao máximo, 1,5%”.
“Taxá-las [as empresas] ao máximo da derrama é dizer-lhes ‘nós queremos o que vos sobra’”, sustentou, salientando que “isto são impostos que quem os controla é o executivo municipal”.
O candidato afiançou ainda que, com o Chega, estes dois impostos “vêm para o mínimo ou para zero”.
Em setembro de 2024, o Município de Leiria aprovou, em reunião do executivo, a manutenção, para este ano, da derrama nos 1,5 por cento e do IRS nos cinco pontos percentuais.
Luís Paulo Fernandes abordou ainda outra matéria que é cara para o partido, a segurança, e, referindo-se a um parque de estacionamento gratuito nas imediações do mercado municipal, considerou que as pessoas que aí estacionam as suas viaturas e vão trabalhar “ficam com o coração nas mãos”.
“As pessoas queixam-se de que são assaltadas aqui e ameaçadas”, declarou, referindo-se aos arrumadores, para assinalar que se “gastou muito dinheiro” em câmaras de videovigilância, mas questionou a sua utilidade.
À pergunta sobre o que o Chega se propõe fazer nesta matéria, Luís Paulo Fernandes respondeu que “o arrumador tem de ser identificado” e perceber-se “onde é que está o atestado de residência” e “onde é que está a nacionalidade” e “porque é que não está a trabalhar se tiver saúde”.
“Se não tiver saúde, temos de o ajudar com a assistência social”, adiantou.
Questionado sobre se se tratar de arrumadores portugueses, respondeu que, independentemente da nacionalidade, “se tiver saúde, tem de estar a trabalhar, não tem de estar a incomodar as pessoas e a pedir uma moeda” e, “se não tiver saúde, tem de ser encaminhado para uma assistência social”.
Confrontado com a resposta destes serviços, o cabeça de lista afirmou que estes serviços têm de a dar.
“Os serviços sociais existem para essas pessoas, não existem para pessoas que têm saúde, que estão em casa sem fazer nada ou que não têm ocupação e andam aqui a cometer crimes. É por aqui começa, é fácil, sem discriminações”, disse.
Nas autárquicas de 2021, Gonçalo Lopes, que é recandidato, liderou, pela primeira vez, a lista do PS ao município, com o partido a manter oito mandatos e o PSD três. Os vereadores social-democratas passaram depois a independentes.
São também cabeças de lista à Câmara de Leiria Sofia Carreira (PSD), Branca Matos (CDS-PP), Paulo Ventura (IL), Nuno Violante (CDU), José Peixoto (coligação Avançar Leiria, que junta BE, Livre e PAN) e Nuno Henriques Barroso (ADN).
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