A Câmara de Leiria prevê a criação de 600 estacionamentos gratuitos até 2025 na zona urbana, dentro da estratégia de mobilidade da autarquia, disse à agência Lusa o vereador Luís Lopes.
Rotunda D. Dinis, Avenida Papa Francisco, Rua General Norton de Matos (Centro Saúde Gorjão Henriques) são os principais novos locais de estacionamento que o Município de Leiria irá criar para aumentar a oferta de lugares gratuitos, estando ainda previstos outros de menor dimensão.
Segundo o autarca socialista, serão criados cerca de 600 lugares, que aumentarão a resposta dos atuais 3.694 estacionamentos gratuitos e 3.653 lugares taxados.
Por ainda não estarem concluídos todos os projetos, Luís Lopes explicou que ainda não existem orçamentos finais e aprovados.
“Prevê-se que as intervenções estejam concluídas e lançadas durante os anos de 2024 e 2025, dado que estão em diferentes níveis de execução e maturidade, sendo ainda necessário em alguns casos obter pareceres de algumas entidades”, explicou o vereador com a pasta da Mobilidade.
Luís Lopes salientou que a estratégia de mobilidade da Câmara de Leiria “não se cinge apenas ao estacionamento e todas as medidas adotadas têm de contribuir para melhorar a qualidade de vida de quem habita, trabalha, visita e estuda”.
Nesse sentido, a autarquia tem trabalhado para a mobilidade que pretende e precisa de ter, e não para aquela que é conhecida e que vai sendo remediada, assumiu Luís Lopes.
“Isso obriga a compromissos a médio e longo prazo, dado que se trata de uma mudança de hábitos e costumes, assente em princípios de educação sobre a forma como entendemos a mobilidade e nos movemos diariamente”, reforçou.
Existem em curso ações que visam a melhoria da oferta e frequência do transporte público urbano, interurbano, regional e nacional, a nova central coordenadora de transportes, a regulação de trânsito nas zonas mais condicionadas em todo o concelho, mais e melhores alternativas de mobilidade suave, melhoria das vias pedonais e de acessibilidade e inclusão.
Luís Lopes acrescentou que decorrem ainda ações de educação e sensibilização para a transição climática e sustentabilidade, disponibilização de mais locais de carregamento para veículos elétricos, reforço da digitalização da mobilidade para todos os utilizadores, comboio de bicicletas para as escolas, melhoria dos sistemas reguladores de trânsito, como semáforos, condicionamento de circulação rodoviária, privilegiando o peão e modos suaves.
Estas medidas integram a estratégia de mobilidade que o município pretende aplicar na zona urbana e que estão em constante articulação com os concelhos limítrofes através da Comunidade Intermunicipal e com os agentes e operadores.
Questionado sobre a possibilidade de encerramento do centro histórico aos fins de semana e feriados para evitar a circulação automóvel dentro da cidade, Luís Lopes assumiu que “essa e outras ações estão a ser devidamente estudadas e trabalhadas, tendo já sido realizadas reuniões de trabalho com as forças de segurança, comerciantes, operadores logísticos, moradores, Politécnico de Leiria e outros”.
O objetivo é que a decisão tenha uma aceitação maioritária e seja compreendida pelos atores no território e contribua efetivamente para a melhoria da qualidade de vida dos leirienses.
Na última reunião de executivo, o vereador do PSD, Álvaro Madureira, questionou a autarquia sobre a possível construção de um silo no centro histórico.
Para Luís Lopes, esse não é um projeto prioritário “considerando a estratégia de retirar veículos do centro histórico e não potenciar a entrada de mais veículos a entrar, circular e permanecer nesta zona”.
“Além disso, acresce que uma infraestrutura deste tipo é um investimento extremamente avultado para o número de lugares a criar que será reduzido, não sendo interessante para exploração de privados e respetivo investimento”, referiu.
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