A Iniciativa Liberal realçou hoje ter sido o quarto partido mais votado para a Câmara de Leiria, que o PS manteve nas autárquicas, enquanto a CDU e o BE ficaram de fora da Assembleia Municipal.
“Os resultados da IL foram muito positivos e acima dos objetivos traçados para estas eleições. Somos hoje o quarto partido a nível autárquico em Leiria [3,72%], ultrapassando as forças políticas de esquerda e o CDS-PP”, disse à agência Lusa o cabeça de lista do partido à Câmara, Paulo Ventura.
Nas eleições autárquicas de domingo, o socialista Gonçalo Lopes foi reeleito presidente da Câmara de Leiria, diminuindo de oito para sete os mandatos (54,11% dos votos). O PSD manteve três (21,84%) e o Chega elegeu, pela primeira vez, um vereador (11,53%). O PS lidera ainda em 17 das 20 freguesias do concelho.
Paulo Ventura destacou ainda o reforço na Assembleia Municipal, com dois eleitos, e garantiu que a IL “continuará com a mesma postura de sempre em todos os órgãos que integra, colocando o foco na construção de propostas políticas que melhorem a qualidade de vida dos seus munícipes e fregueses”.
Por seu turno, Branca Matos, que liderou a lista à Câmara pelo CDS-PP, admitiu que os resultados não foram os ambicionados.
Ainda assim, “esta candidatura cumpriu o seu propósito, devolver ao CDS um papel ativo e relevante na vida política local, abrir o debate sobre temas essenciais como a habitação, a saúde, a mobilidade e o apoio às famílias, e aproximar a política das pessoas”, destacou a candidata.
Branca Matos, que há quatro anos foi eleita pelo PSD vereadora no município, passando já em 2025 a independente, sustentou que “o CDS-PP reafirmou a sua presença em Leiria”, salientando um eleito para a Assembleia Municipal, o que é “um marco importante” quando outros partidos perderam assento neste órgão.
“Continuaremos a trabalhar por Leiria, nas freguesias, nas instituições e nas ruas, porque o nosso compromisso não termina nas urnas, começa agora”, assegurou.
Nas últimas autárquicas, o CDS-PP, coligado com MPT, conquistou um mandato para a Assembleia Municipal.
Da Assembleia Municipal de Leiria, no próximo mandato, vão desaparecer a CDU (coligação formada pelos partidos Comunista e Ecologista Os Verdes) e o Bloco de Esquerda. Este último integrou a coligação Avançar Leiria, com Livre e PAN – Pessoas – Animais – Natureza.
“Não foram os resultados que esperávamos e é, especialmente, penalizadora a não eleição para a Assembleia Municipal”, declarou o cabeça de lista da CDU à Câmara, Nuno Violante.
Segundo o candidato, a CDU apresentou “um programa que pensa o concelho para lá do ruído das campanhas eleitorais e com foco no planeamento futuro, mas que não foi assim entendido pelos leirienses” ou a coligação não o soube “divulgar convenientemente”.
“A CDU continuará o seu trabalho junto dos trabalhadores e populações do concelho, assumindo a sua luta por melhores condições de vida e trabalho, envolvendo-se no imediato na luta contra o pacote laboral com os sindicatos e organizações de classe”, acrescentou Nuno Violante.
Já José Peixoto, que liderou a coligação Avançar Leiria, assumiu que os resultados “foram muito maus”.
“Independentemente da conjuntura, que sabemos que não é boa para a esquerda em geral a nível nacional, tendo em conta que éramos uma coligação, os resultados foram aquém do esperado”, disse José Peixoto, militante do BE.
De acordo com José Peixoto, a coligação tinha “como objetivo, e era realista, manter os eleitos do BE [um dos quais na Assembleia Municipal] e não conseguiu”.
“A partir deste momento, coragem de olhar para a frente”, adiantou.
Por seu lado, o cabeça de lista da Alternativa Democrática Nacional (ADN), Nuno Henriques Barroso, admitiu resultados aquém das expectativas, assegurando que o partido continuará “a lutar com esperança e otimismo para criar soluções para melhorar Portugal e, neste caso, Leiria”.
Comentários