O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), garantiu hoje que continuará a fazer obras no concelho, mas sem esquecer a componente imaterial, por considerar que só assim “se concretiza a modernidade”.
“Tencionamos, sem hesitações, associar ao pendor obreirista que tanto gostamos a componente imaterial, quantificando esta no apoio social e no marketing territorial, para que Viseu continue a ser a capital da Beira Alta, olhada com respeito e admiração, radicada na força de todas as pessoas que teimam em contrariar alguns profetas da desgraça”, disse o novo presidente da câmara, durante a cerimónia de tomada de posse.
No entender de Fernando Ruas, que já foi presidente da Câmara de Viseu durante 24 anos (entre 1989 e 2013), o concelho de Viseu ainda tem “necessidade de investimentos materiais que vão desde a reabilitação até à execução de novas infraestruturas que complementam a componente imaterial”.
O autarca – sucessor de Conceição Azevedo, que assumiu o cargo após a morte de Almeida Henriques, em abril – disse que o seu executivo fará “a necessária ação diagnóstica das diversas situações” e procurará inteirar-se das condições existentes.
Entre os objetivos já definidos estão, por exemplo, a “reinterpretação do Centro de Artes e Espetáculos, cujas bases programáticas foram já projetadas” e que terá “estreita complementaridade com o pavilhão multiúsos”, cuja segunda fase pretende concluir, “aproveitando a estrutura existente”.
O Centro de Artes e Espetáculos “será um dos elementos da grande operação urbanística que pretendemos para a zona norte da cidade”, frisou.
Fernando Ruas disse também que vai criar “o gabinete de cidade”, que irá trabalhar em articulação com a Junta de Freguesia de Viseu, o Gabinete Autárquico, a Sociedade de Reabilitação Urbana e os serviços camarários, “tendo em vista uma preocupação mais atuante, mais ágil e mais presente” relativamente ao que o executivo ambiciona para o desenvolvimento urbano.
Uma “fiscalidade amiga das famílias e das empresas”, a atração de “tecnologias ambientalmente confiáveis”, o regresso à Feira de São Mateus do cartaz desportivo, o retomar dos jogos desportivos e dos jogos da amizade e um “projeto de construção de uma albufeira em lugar que permita a redundância com Fagilde, com vista à resolução do abastecimento de água”, são outros objetivos que apontou.
Fernando Ruas considerou que o futuro coletivo de Viseu “está intimamente ligado à dose de autoestima” incutida em todos os setores da sociedade, o que “passa pela grande honra e pelo grande orgulho” de ser viseense.
“Não podemos pois consentir, e tantas vezes de forma gratuita, que digam mal do nosso município. Pior ainda, que sejamos nós a ampliar tais posições. É sabido que se defende melhor a cidadela por dentro, sendo obrigação de todos nós, os de dentro, estarmos unidos na defesa do que é nosso”, sublinhou.
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