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Exposição Malva na Covilhã revela o resultado de um trabalho de investigação sobre tingimentos

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No dia 17 de junho, pelas 17:30, vai ser inaugurada, no Museu de Lanifícios da Covilhã, a exposição Malva, desenvolvida pelo Coletivo Siroco, que revela o resultado de um trabalho de investigação sobre tingimentos naturais através da exploração dos seus vários potenciais. Ocupando a Galeria de Exposições da Real Fábrica Veiga, Malva estará patente até ao dia 8 de julho, e é acompanhada por atividades paralelas que incluem oficinas, visitas guiadas e conversas com oradores da área têxtil.

Adicionalmente, o dia 13 de junho será marcado por uma oficina de tingimentos têxteis no âmbito do evento Vieira da Silva em Festa no Jardim das Amoreiras, assim como por uma apresentação do projecto e do seu blog oficial.

Malva é o culminar de um projeto de pesquisa e criação, desenvolvido pelo Siroco, coletivo artístico que atua na área da história sociocultural ligada ao têxtil. Iniciado em 2021, o projeto tem uma forte componente de experimentação, que se reflete no significado do seu nome, uma alusão direta à descoberta acidental do primeiro corante sintético, a mauveína.

Em resposta às problemáticas enfrentadas pela prática contemporânea de tinturaria natural, como a complexidade dos processos químicos, o difícil acesso ao conhecimento e a gestão por vezes contraditória de aspetos ambientais relacionados, o projeto sistematizou processos de tingimento a partir de três fontes de corantes naturais, os produzidos industrialmente, os contidos em plantas reconhecidas historicamente pelos seus poderes tintureiros, e os extraídos de resíduos da indústria agrícola.

A exposição Malva reflete os resultados desta sistematização através de uma série de painéis têxteis de fibras naturais que têm como base tapetes tecidos por José Couto, um dos últimos tecelões a trabalhar de forma artesanal na aldeia de Trinta, na Serra da Estrela. Cada painel revela formas alusivas ao universo da produção têxtil e às experiências do coletivo no terreno, elaboradas com tecidos tingidos ao longo do processo de investigação.

Servindo também como mostruários de cor, os painéis representam uma variedade de técnicas de tingimento, corantes extraídos de diferentes plantas em várias regiões, assim como uma seleção de extratos naturais. Destaca-se também um Gabinete de Curiosidades que expõe formas concebidas por autores convidados e elaboradas através do uso de fibras e processos de tingimento naturais.

Por último, estão programadas uma série de atividades paralelas, incluindo um passeio acerca do passado têxtil de Meios, uma oficina de impressão botânica na aldeia de Trinta, e uma finissage com visita guiada à exposição. De destacar ainda uma conversa sobre os caminhos históricos e práticas atuais do têxtil e tinturaria na Casa de Cultura de Famalicão da Serra.

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