Dois bombeiros e três civis morreram na segunda-feira à noite, num ataque contra um posto de primeiros socorros em Markacoungo, no sudeste do Mali, revelou esta terça-feira o Ministério da Segurança e Proteção Civil.
“Na noite de 02 para 03 de janeiro (…) por volta das 21:00 (mesma hora em Lisboa), o posto de socorro rodoviário da proteção civil de Markacungo, no eixo Bamako-Ségou, foi atacado por homens armados não identificados”, destacou o ministério maliano em comunicado.
O ataque resultou em cinco mortos, incluindo dois bombeiros, e num ferido.
No comunicado, o governo maliano acrescentou que “todas as diligências estão a ser tomadas” pelas forças de segurança para “procurar, identificar e deter os autores deste ato desprezível para que respondam pelos seus atos”.
As autoridades instaram ainda “a população a trabalhar mais com a sua defesa e forças de segurança”.
Este tipo de incidentes são raros na região onde ocorreu o ataque.
Vários grupos terroristas operam no Mali, incluindo as filiais dos grupos terroristas Al-Qaida e Estado Islâmico. Além disso, a violência intercomunitária aumentou, num contexto marcado por golpes de Estado em agosto de 2020 e maio de 2021, liderados por Assimi Goita, agora Presidente de transição.
O Mali, liderado por uma junta militar após dois golpes de Estado em menos de um ano, não controla grandes áreas do país, particularmente no norte e no centro, onde a administração central está praticamente ausente.
Os grupos rebeldes presentes no país têm vindo a intensificar os ataques contra a população civil, assim como contra o exército maliano, forças estrangeiras e forças das Nações Unidas.
A junta no poder enfrenta um isolamento internacional crescente. O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou, em novembro, o fim da operação Barkhane no Sahel, no meio da retirada das tropas internacionais devido às tensões com Bamako sobre o seu adiamento das eleições para se manter no poder e o destacamento de mercenários do grupo paramilitar russo Wagner.
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