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A ministra da Saúde inaugurou esta segunda-feira o Departamento da Saúde da Mulher e da Criança, da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que passou a estar concentrado no Pavilhão 5 do Hospital Sousa Martins.
Com um investimento de mais de 8 milhões de euros, que contempla a aquisição de equipamento, o edifício acolhe desde sábado todas as valências obstétricas, pediátricas e ginecológicas da ULS na sequência da transferência da Urgência Obstétrica, do Bloco de Partos, do Internamento Obstétrico e da Ginecologia, realizada no dia 22 de novembro.
Em junho, tinham sido transferidos os serviços de neonatologia, urgência pediátrica, hospital de dia pediátrico e a equipa inter-hospitalar de cuidados paliativos pediátricos.
Hoje, Ana Paula Martins descerrou uma placa que assinalou o momento e visitou as instalações, numa cerimónia realizada durante a visita à ULS guardense no périplo pelas Unidades Locais de Saúde do país, no âmbito da preparação do SNS para o período de inverno.
“Hoje, é um dia que ficará inscrito na história da nossa região. Ao longo de mais de 40 anos, o distrito sonhou com instalações dignas, capazes de garantir cuidados materno ou infantis ao nível dos melhores centros do país. Hoje, esse sonho torna-se realidade”, sublinhou Rita Figueiredo, presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda.
A responsável acrescentou que a requalificação do Pavilhão 5 avançou graças “à perseverança, esperança e, acima de tudo, à convicção profunda de que as nossas crianças e as nossas mulheres merecem o melhor que o SNS pode oferecer”.
“A saúde materno-infantil é mais do que um serviço, é um compromisso com o futuro”, realçou a responsável.
Rita Figueiredo considerou ainda que, numa altura em que se discute a nova Rede de Referenciação Hospitalar de Pediatria, “este investimento reafirma que o SNS é um compromisso com as pessoas e com o interior, porque a saúde é o mais sublime fator de coesão territorial”.
Assinalou, por isso, que a inauguração do Departamento da Saúde da Mulher e da Criança é “um sinal firme de que o Estado não vira as costas ao interior, de que o Governo da República reconhece que a equidade territorial é uma responsabilidade democrática”.
“Hoje, saramos as feridas e as fragilidades antigas, abrindo portas a uma nova geração de cuidados, não apenas com melhores condições físicas, mas novos padrões de qualidade clínica, segurança, humanização e proximidade”, prosseguiu.
Resolvido este problema antigo, a presidente do Conselho de Administração da ULS guardense disse à ministra da Saúde que é agora preciso “acautelar a reabilitação do Pavilhão 1, porque quando o Estado investe na ULS da Guarda, investe no país inteiro”.
Rita Figueiredo agradeceu depois “o apoio e o investimento” da tutela, “a resiliência” dos profissionais da instituição e “a voz ativa, a vigilância, a confiança e a união da população na defesa da nossa ULS”.
Ana Paula Martins fez suas as palavras da presidente do Conselho de Administração da ULS.
“Foi o Estado que apoiou este investimento e claro que colocaremos aqui todo o investimento que falta em termos de equipamento, mas a criação deste serviço deve-se sobretudo à Guarda, a todos os guardenses”, enalteceu a ministra.
A requalificação do Pavilhão 5 foi adjudicada em janeiro de 2022 ao consórcio Alberto Couto Alves/IELAC e representou um investimento de mais de 8,3 milhões de euros, aprovados pelo Governo de António Costa.
No entanto, o auto de consignação só foi assinado em julho desse ano, depois do efeito suspensivo de uma providência cautelar apresentada pelo segundo classificado no concurso público ter sido indeferida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto.
O anterior Conselho de Administração da ULS da Guarda previa a abertura do edifício para setembro de 2024, mas tal só veio a acontecer a 1 de junho de 2025, Dia Mundial da Criança, com a transferência dos serviços de neonatologia, urgência pediátrica, hospital de dia pediátrico e equipa inter-hospitalar de cuidados paliativos pediátricos.
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