A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, está a dar apoio às autoridades das Canárias no reforço da monitorização da erupção vulcânica na Ilha de La Palma, depois da entrada em atividade do vulcão Cumbre Vieja, foi hoje divulgado.
Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a UBI explica que a colaboração foi solicitada por cientistas espanhóis ao C4G – Colaboratório para as Geociências, infraestrutura de investigação sediada nesta universidade do distrito de Castelo Branco.
“A equipa da UBI vai instalar quatro recetores GNSS (Global Navigation Satellite System) e recolher dados da deformação superficial causada pela erupção, até ao final da mesma. Os equipamentos da UBI, que ficarão à guarda das autoridades espanholas, consistem em recetores, antenas, routers, painéis solares, controladores solares e cabos de antena”, é detalhado.
Segundo a informação, os trabalhos estão a ser realizados por Rui Fernandes, docente do departamento de informática, e por Gonçalo Henriques, bolseiro do mesmo departamento.
A UBI acrescenta que a instalação dos equipamentos começou segunda-feira e que se prolonga até sexta-feira, sendo custeada com verbas próprias do SEGAL, grupo coordenado por Rui Fernandes, no departamento de informática da UBI.
Desde há uma semana, cerca de 500 edifícios já foram destruídos pela lava, que cobre mais de 212 hectares, incluindo muitas plantações de bananas, de acordo com dados do sistema europeu de medição aeroespacial Copernicus.
As duas erupções anteriores em La Palma tiveram lugar em 1971 e 1949 e causaram um total de três mortes, duas das quais devido a inalação de gás.
O vulcão Cumbre Vieja está ativo e a expelir lava desde 19 de setembro e apesar desta situação não houve mortos ou feridos a lamentar entre os 85.000 habitantes da ilha, mas os danos são enormes, acima de 400 milhões de euros, segundo as autoridades regionais.
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