Castelo Branco

Covilhã quer que Trienal Internacional seja fator de desenvolvimento

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A Trienal Internacional de Design da Covilhã realiza-se entre 21 de março e 21 de junho de 2025, para “promover o design como ferramenta de desenvolvimento do território”, disse hoje o diretor executivo, Ricardo Gil, na apresentação do evento.

Durante os três meses estão previstas exposições, conferências, residências artísticas, intervenções urbanas, laboratórios, a criação de um roteiro de visita ao território, visitas guiadas, oficinas e um conjunto de outras iniciativas dispersas por cerca de dez locais expositivos na cidade do distrito de Castelo Branco.

A Trienal, com um programa que o diretor executivo definiu como “ambicioso e multifacetado”, tem como artista convidada a designer e performer alemã Vivien Tauchmann, que fará uma residência criativa em maio.

“Acreditamos que o design é uma ferramenta muito operativa para criar dinâmicas que valorizem o território e queremos promover uma cultura profunda de design na cidade e na região, de forma consistente”, acentuou Ricardo Gil, durante a apresentação, no Teatro Municipal da Covilhã.

Segundo o responsável, o evento tem três vetores de atuação: internacional, trazendo bons exemplos com que se possa aprender, sobre o território e sobre a comunidade.

A vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, acentuou que a primeira Trienal Internacional de Design da Covilhã é maior evento do plano de ação da Covilhã Cidade Criativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na área do design, ‘selo’ atribuído em 2021.

De acordo com a autarca, o impacto já está a ser sentido junto de vários parceiros locais no trabalho que antecede a Trienal e manifestou o desejo de que venha a ter alcance internacional.

“A Trienal é um evento da Covilhã, da região, mas quer ser um evento com projeção nacional e internacional”, enfatizou Regina Gouveia.

A curadora, Vera Sacchetti, que desempenha a função com Frederico Duarte, afirmou que “a Trienal vai ser acessível, vai ter entrada livre”.

A programação contempla a exposição internacional “Aqui, agora: caminhos biorregionais e práticas situadas”, que terá “cerca de 15 casos de estudos”, projetos com os quais se possa aprender e “propõe futuros mais sustentáveis”.

A mostra “The World Wide Things Collection 2.0” tem o propósito de as cidades criativas do design espalhadas pelo mundo apresentarem abordagens identitárias de cada uma delas.

Estão também previstas três exposições focadas no território da Beira Interior através do design e várias residências artísticas, uma delas em que três empresas locais na área dos lanifícios convidam designers a desenvolverem novos projetos.

Ricardo Gil frisou que se vai procurar formar, para que os bons exemplos na região “se multipliquem e eles próprios sejam motivo de interesse turístico”.

Embora pretenda ir além dessa área, a Trienal tem como tema a “Paisagem têxtil”, partindo do património industrial do concelho, do conceito de cidade-fábrica e das características do território, mas alavancando outras vertentes através do design.

Os designers e artesãos locais também estarão envolvidos nas atividades, com o intuito de reconhecer o trabalho feito e divulgá-lo a uma escala maior.  

A Trienal tem um orçamento de 300 mil euros

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