A Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP) espera ter, até ao início de 2025, 2,86 milhões de euros de fundos comunitários à disposição do território em que intervém.
As verbas, oriundas do Fundo Europeu Agrícola e do Desenvolvimento Rural (FEADER), estão previstas na Estratégia de Desenvolvimento Local ADDLAP 2030, que foi hoje aprovada unanimemente pela comissão de acompanhamento estratégico e que será enviada para o Governo.
“Estamos a falar da colocação no território de cerca de 2,86 milhões de euros de apoios de despesa pública. Se os projetos forem financiados a uma média de 50%, significa que estamos a deixar que o território faça um investimento global de cerca de 5,6 milhões de euros”, explicou à agência Lusa o presidente da ADDLAP, João Paulo Gouveia.
A implementação da estratégia prevê verbas para várias áreas, nomeadamente pequenos investimentos na bioeconomia e economia circular (200.446 euros), pequenos investimentos na exploração agrícola (400.892 euros), investimentos em diversificação, comércio e serviços associados (601.339 euros), inovação na comercialização, cadeias curtas e mercados locais (200.446 euros) e conservação e valorização do património rural, natural, cultural e gastronómico (601.339 euros).
Estão ainda previstas verbas para cooperação (143.176 euros) e gestão, acompanhamento e avaliação da estratégia e sua animação (715.880 euros).
João Paulo Gouveia referiu que, no anterior quadro, os cinco concelhos da ADDLAP (Oliveira de Frades, São Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela) tiveram à disposição cerca do dobro das verbas, mas que, para além do FEADER, provinham também do Fundo Social Europeu e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
“No quadro anterior tivemos investimentos elegíveis na ordem dos dez milhões de euros, com uma despesa pública de 5,78 milhões de euros. Neste momento apenas temos 2,86 milhões de euros”, acrescentou o dirigente, mostrando-se convencido de que a ADDLAP poderá ainda “vir a desenvolver mais tarefas e com reforços de verbas quer do Fundo Social Europeu e do FEDER, quer do próprio FEADER”.
O presidente da ADDLAP contou à Lusa que o desenvolvimento desta estratégia “envolveu todo o território, foi feita com todos os atores da economia local e com o sistema científico e tecnológico”.
“É um desafio, porque é um território vasto e heterogéneo”, admitiu, acrescentando que o objetivo é conseguir “uma complementaridade, em que se funda o ambiente urbano e o rural”.
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