A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) propõe seis medidas prioritárias neste ato eleitoral para a Assembleia da República, para os dez municípios que a integram, “na defesa de uma verdadeira política de desenvolvimento regional”.
Saúde, mobilidade, acessibilidades, empresas, ambiente e florestas são os temas chave, que os municípios consideram que “carecem de níveis de financiamento adequados para os programas” e de “políticas de execução dos fundos europeus e de investimento do Estado” e que são apontadas como “centrais para o desenvolvimento dos territórios”.
Na área da saúde, a CIMRL pretende atrair profissionais de saúde, aproximar os serviços e reduzir o número de utentes sem médico de família na região.
“Devem ser criadas condições financeiras para, nesta fase, assegurar uma estratégia intermunicipal de suporte habitacional aos profissionais de saúde, incluindo a quantificação dos investimentos necessários e a identificação das opções de financiamento, priorizando o recurso a programas de financiamento comunitário, nomeadamente ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR)”, refere uma nota de imprensa.
A CIMRL adianta que a Linha de Alta Velocidade se encontra aprovada no âmbito do Plano Nacional de Investimento 2030. Os municípios reclamam, contudo, a antecipação da segunda fase daquela ferrovia, considerando que o concurso deve ser lançado “logo que concluídos os estudos de avaliação ambiental, bem assim articulada com a modernização da linha do Oeste, cuja dotação financeira se encontra inscrita no Plano Regional do Centro”.
Os autarcas da CIMRL defendem ainda a conclusão dos investimentos previstos no Plano Rodoviário Nacional, com especial enfoque nas intervenções nas principais ligações rodoviárias na região de Leiria, nomeadamente no Itinerário Complementar (IC) 8 (Pombal-Avelar) e no IC9 (ligação à A1).
A CIMRL pretende ainda ver concluída a requalificação da Estrada Nacional 1 entre Leiria e Pombal.
No setor económico, a Comunidade Intermunicipal (CIM) desafia o Governo a criar condições de apoio e financiamento, “no âmbito das políticas públicas de caráter empresarial e da dinamização das políticas regionais de mitigação das carências de infraestruturas”.
Estas condições irão proporcionar o “reforço dos serviços de apoio à internacionalização e competitividade das empresas, preconizando a instalação do Hub Logístico de Leiria, com vocação para empresas exportadoras e mercado ibérico”.
Os autarcas exigem ainda mais apoios para projetos inovadores de “tratamento e valorização de resíduos de efluentes de suinicultura, avicultura, matadouros, águas ruças de lagares ou outras agroindústrias”, que possam vir a ser utilizados no “desenvolvimento de novos produtos como biofertilizantes sólidos e líquidos, rações para animais, produção de energia e eco materiais”.
Reforçar a dotação do Fundo Ambiental para os investimentos ao nível da descarbonização dos transportes públicos e transportes de mercadorias é outra das pretensões.
“A CIM da Região de Leiria entende que é tempo para o Estado Português, através do Governo e da Assembleia da República, assumir uma posição definitiva sobre a instalação e financiamento do Museu Nacional da Floresta, um importante objetivo indissociável da recuperação do Pinhal de Leiria e da valorização do conhecimento, memória, património natural, físico e imaterial da floresta portuguesa”, afirma ainda.
A CIMRL é composta pelos municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós, território com 2.500 quilómetros quadrados e uma população residente de cerca de 300 mil habitantes.
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