Coimbra

Como era ser jovem em Portugal em 1973? A Universidade de Coimbra conta-lhe

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A precariedade laboral e as dificuldades de acesso à habitação são duas das dimensões a debater por Helena Roseta e Paulo Marques, os convidados da terceira sessão do ciclo «Portugal 50 Anos (1973-2023) | O que mudou? O que falta fazer?». A iniciativa, organizada pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, vai ser transmitida em direto.

A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) recebe no dia 9 de março, quinta-feira, a partir das 18 horas, Helena Roseta e Paulo Marques para uma tertúlia sobre «Ser Jovem em Portugal». É a terceira sessão do ciclo «Portugal 50 Anos (1973-2023) | O que mudou? O que falta fazer?», à qual vai ser possível assistir em direto, através da página de facebook da BGUC, nesta ligação. Mais informações podem ser obtidas em uc.pt/bguc.

Num texto preparado para esta sessão (disponível aqui), Jaime Monteiro escreve sobre o «25 de Abril [que] marcou toda uma geração de jovens portugueses, que viram dissipar-se o fantasma da guerra colonial», «as grilhetas do conservadorismo (por exemplo, com a revolução sexual)»  e garantiu a liberdade de expressão política. Mas se é certo que «volvidos 50 anos, podemos dizer que a memória da Revolução e a sua importância são quase consensuais entre os jovens, que tendem a olhar para trás com respeito por tudo aquilo que foi conseguido», há que refletir sobre o que ficou por fazer: «quais são os novos desafios que a juventude enfrenta e quais as promessas de Abril que ficaram por cumprir?»

Na conversa «Ser Jovem em Portugal» Helena Roseta propõe misturar memórias de antes do 25 de Abril com os desafios da atualidade. E Paulo Marques, coordenador do Observatório do Programa Jovem, que acompanha o mercado de trabalho dos jovens,  tem dados sobre o desemprego, a qualidade e as políticas de emprego dirigidas aos jovens. 

«A liberdade, a habitação, os direitos das mulheres e a cidadania» são as causas da vida de Helena Roseta. Licenciada em Arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1971), trabalhou no Laboratório Nacional de Engenharia Civil e em ateliês de Arquitetura, nomeadamente na recuperação de bairros clandestinos. Foi deputada constituinte em 1975 e deputada, várias outras vezes, entre 1976 e 2019. Foi Presidente da Ordem dos Arquitetos nos anos 2001 a 2007. Em 2019, fez aprovar a primeira lei de bases da habitação em Portugal. É desde 2020 Coordenadora Nacional do Programa Bairros Saudáveis, um programa público e participativo para melhoria das condições de saúde, bem-estar e qualidade de vida em 242 territórios vulneráveis, em todo o país.

Paulo Marques é Professor Auxiliar no Departamento de Economia Política do ISCTE, onde desenvolve a sua atividade de investigação no DINÂMIA’CET-Iscte. Atualmente, coordena o Observatório do Emprego Jovem, assim como o Projeto de Investigação SOLID-JOB (ambos financiados pela FCT). Desenvolve projetos de investigação na área da Economia Política Comparada, especialmente sobre a segmentação do mercado de trabalho e das políticas públicas de emprego.

O ciclo «Portugal 50 Anos (1973-2023) | O que mudou? O que falta fazer?», a decorrer mensalmente, desde janeiro, está integrado no programa Oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril.

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