Coimbra

Coimbra: Catarina Martins defende “medidas fortes” na resposta à inflação

0

 A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu hoje que a resposta à inflação exige “medidas fortes” ao nível dos preços da energia, habitação e alimentação.

“Se o Governo quer controlar a inflação, tem por onde começar: impor um teto aos custos da energia”, abrangendo “eletricidade, gás e combustíveis”, disse Catarina Martins, em Coimbra.

A líder bloquista intervinha no encerramento do Fórum Socialismo 2022, que decorreu na Escola Secundária Avelar Brotero, desde sexta-feira.

“O que vai o Governo fazer quando o preço do gás condenar os portugueses a um inverno mais gelado? O que tem a dizer a quem já não sabe como encarar os aumentos sucessivos”, perguntou.

Aos cidadãos, o BE “sabe o que lhes dizer”, assegurou.

“Dizemos-lhes que merecem segurança e justiça: descida do IVA, corte das rendas das energéticas e fixação administrativa dos preços ao consumo”, preconizou.

Para Catarina Martins, os trabalhadores “não podem continuar a perder poder de compra” e o BE entende que “o salário mínimo, os salários da Função Pública e as prestações sociais têm de ser atualizados”.

“O Governo pode fazê-lo e é a única forma de evitar o empobrecimento de largas camadas da população”, alertou.

Por outro lado, importa “travar o custo da habitação”, referiu.

“O que vai o Governo fazer quando os aumentos das rendas e das prestações ao banco transformarem a crise da habitação numa catástrofe? O que tem a dizer a quem vive na aflição de perder a sua casa”, prosseguiu a coordenadora nacional do BE.

Essas pessoas “merecem segurança e justiça”, adiantou, para realçar a necessidade de “impor um teto de 1% na atualização das rendas, dação em pagamento que responsabilize os bancos pelos seus créditos (quem entrega a casa ao banco não pode continuar a pagá-la)”, bem como “impedir a penhora da casa de habitação própria”.

O BE propõe igualmente que o executivo de António Costa e que o PS devem “controlar os preços da alimentação”.

“O que vai o Governo dizer quando cada vez mais pessoas deixarem de poder aceder a bens alimentares essenciais? O que tem a dizer a estas pessoas, para além de uma resposta assistencialista, temporária e imprevisível”, questionou.

Cabe ao Governo garantir “fixação de preços de referência para os bens essenciais, impedindo a especulação da grande distribuição”.

“As novas gerações começam a trabalhar em piores condições do que as anteriores e ter uma carreira, progressão salarial ou sequer um salário digno é uma miragem. E isto é um assalto. A precariedade é um assalto. Estão a ser assaltados”, criticou ainda Catarina Martins.

Na sua opinião, “estruturalmente, as escolhas do PS em nada se distinguem das do liberal [Emmanuel] Macron”, Presidente da França.

“E quem, como no filme de Nanni Moretti [cineasta italiano], esperasse ouvir deste Governo ‘qualquer coisa de esquerda’, passado meio ano de maioria absoluta já se cansou de esperar”, afirmou Catarina Martins.

Os jovens “começam a trabalhar em piores condições do que as anteriores e ter uma carreira, progressão salarial ou sequer um salário digno é uma miragem”.

Para a líder do BE, “isto é um assalto. A precariedade é um assalto. Estão a ser assaltados”.

“Se o dinheiro não chega para pagar a casa, é porque estás a ser assaltado e […] se a conta do supermercado aumenta mais que o salário, estás a ser assaltado”, considerou.

“Se não consegues encher o depósito, nem para ir trabalhar, estás a ser assaltado. E não tenhas dúvidas: eles estão a dividir o saque, impunes e intocáveis”, acrescentou a coordenadora do BE.

Catarina Martins desafiou os portugueses a “juntarem forças” contra esta situação: “se não suportas que um Governo com poder absoluto se permita ficar na passividade absoluta quando se trata de escolher entre o país e a elite, então junta-te à esquerda, junta-te ao Bloco de Esquerda”.

Notícias do Centro | Lusa

Coimbra: Portugal termina com 11 medalhas na Taça de Europa de séniores de judo

Notícia anterior

Fogo no Sabugal entrou em fase de resolução esta tarde

Próxima notícia

Também pode gostar

Comentários

Comentários estão fechados

Mais em Coimbra