O candidato do Chega à presidência da Câmara de Viseu defendeu hoje que as instituições presentes nas freguesias rurais devem ser “mais apoiadas” porque são elas que conhecem a realidade e chegam às pessoas mais idosas.
“Estas instituições estão na primeira linha de resposta a esta problemática e nós entendemos que, estando na primeira linha, são eles que conseguem, que sabem quais são as necessidades da população local e da população das freguesias”, defendeu Bernardo Pessanha.
O candidato realçou que “são instituições que, na sua generalidade, funcionam bem, sabem quais é que são as necessidades das pessoas e podem, e é através delas, sem dúvida, que a resposta deve continuar a ser dada”.
Defendeu que “a Câmara tem de servir também, e tem que olhar para estas questões, e tem de ajudar estas instituições nestas candidaturas e diretamente também, através de fundos”.
Bernardo Pessanha falou à agência Lusa no final de uma visita à Associação Social Desportiva, Cultural e Recreativa de Silgueiros, freguesia rural do concelho, que tem creche e infantário, lar de idosos e apoio domiciliário, e que “por um erro de comunicação” falhou uma candidatura a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para construir um espaço para cuidados paliativos.
“Muito provavelmente, e tem que passar também pela Câmara, dar apoio direto a estas instituições, ou seja, aumentar o financiamento, porque não há outra forma de o dizer e fazer”.
O candidato indicou o “investimento megalómano de 20 milhões de euros” para a construção do CAEVIS (Centro de artes e Espetáculos de Viseu), um projeto do atual presidente e candidato do PSD à Câmara de Viseu, para dizer que há “muitas outras instituições a precisar de respostas mais prementes”.
“Nomeadamente esta de resposta à população idosa e temos de canalizar fundos da Câmara para apoiar mais este tipo de instituições e depois ajudá-las também em tudo o que estiver ao alcance do poder da Câmara, até ajudar com candidaturas”.
Bernardo Pessanha adiantou que, na campanha, tem visitado “várias instituições, nas várias freguesias”.
“Temos um concelho bastante envelhecido, cerca de 25% da nossa população é composta por idosos e temos notado isso. São instituições que, embora até sejam recentes, quando perguntamos pela lista de espera, deparamo-nos com uma lista que, muitas vezes, supera a capacidade e o dobro da [sua] capacidade”, indicou.
A título de exemplo, Bernardo Pessanha indicou a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento de Autismo que “dá apoio a cerca de 600 crianças [a todo o distrito de Viseu] e tem um espaço de 300 metros quadrados”.
A associação, com sede no hospital psiquiátrico, que vai mudar para o Hospital de São Teotónio em Viseu, vive agora “a preocupação de perder” esse espaço e o candidato prometeu que fará “tudo o que estiver ao alcance para os poder ajudar”.
Além de Bernardo Pessanha, candidata-se também à Câmara de Viseu, nas eleições de domingo, o atual presidente, Fernando Ruas (PSD), Hélio Marta (IL), João Azevedo (PS), Leonel Ferreira (CDU), Hélder Amaral (CDS-PP) e Paulo Quintão (ADN).
Em 2021, o PSD conquistou 46,68% dos votos (cinco mandatos) e o PS 38,26% (quatro mandatos). O Chega foi o terceiro partido mais votado, com 2,95%, e a IL o quarto, com 2,20%.
Comentários