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Candidato do Chega elege saúde e educação como prioridades para o Sátão

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 O candidato do Chega à Câmara de Sátão, Carlos Miguel, disse hoje à agência Lusa que as suas prioridades passam pela saúde e educação, sem descuidar a economia, ambiente, cultura e tradições.

“A saúde é uma miséria. As pessoas vão às 05:00 da manhã para o centro de saúde, à espera de consulta, num edifício que está miserável, com humidades e sem condições, com os profissionais a levarem aquecedores de casa”, indicou Carlos Miguel.

O candidato do Chega acrescentou que, atualmente, “as pessoas vão mais depressa ao centro de saúde de Moimenta da Beira, que tem atendimento permanente”, porque o de Sátão não tem valências, nem profissionais suficientes, para acudir a população”.

A educação é outra área “bastante importante” para o candidato do Chega e na qual “há uma enorme carência no concelho, nomeadamente em algumas profissões e para as quais não há formação e devia haver essa oportunidade” em Sátão.

“Temos de criar sinergias, abrir concursos. Há muitos jovens que não querem avançar na vida académica e querem profissões mais práticas. Então, temos de abrir cursos no ensino secundário e criar protocolos com empresas locais para estágios profissionais e, se contratarem, podemos apoiar financeiramente”, defendeu.

É a segunda vez que está na corrida à autarquia, mas voltou porque “é como estar num projeto de caráter social, porque o Sátão está a definhar” e “já não basta a interiorização” do território, “como ainda se vê os jovens a irem embora e o concelho a ficar envelhecido”.

“Sinto que precisamos de um abanão. O presidente está há quase 50 anos na autarquia e, sem querer, possivelmente, porque se habituou e gere a autarquia como se fosse a casa dele, com princípios economicistas”, indicou.

Carlos Miguel enalteceu a “necessidade de ter capacidade financeira, mas uma autarquia não pode garrotar a vida das pessoas, porque a gestão é à moda antiga”, quando, por exemplo, “podia perfeitamente incentivar a natalidade, com ajudas mensais nos primeiros meses”.

“Outro problema grave é a falta de emprego. A autarquia é a maior entidade empregadora do concelho, mas parece que gosta, porque as empresas têm dificuldade em fixar-se e acabam nos concelhos vizinhos que estão mais desenvolvidos”, indicou.

Na promoção dos produtos endógenos, Carlos Miguel lamentou “estar preso ao míscaro, quando o concelho tem outros produtos de muita qualidade, inclusive a castanha” e, por isso, o Chega quer incluir o Sátão na região denominada dos Soutos da Lapa.

O candidato destacou que quer inverter outras situações como no turismo, “porque não há uma unidade hoteleira”, as zonas de lazer, como a praia do Trabulo, “foi feita e bem, mas a água está contaminada a jusante, portanto, não está boa” para usufruir.

A construção de um pavilhão multiusos “é também uma prioridade, se for construído no centro da vila, junto dos comerciantes, para que sobrevivam”, assim como “as tradições como o mercadinho de Natal ou a queima do tronco, que estão a morrer e são importantíssimas de manter”.

Carlos Miguel, 50 anos, casado e pais de dois filhos, é enfermeiro e é natural da aldeia de Muxós, freguesia e concelho de Sátão.

Às eleições de 12 de outubro, à Câmara Municipal de Sátão, distrito de Viseu, além de Carlos Miguel, candidata-se também o atual presidente, Alexandre Vaz (PSD), António José Carvalho (PS) e Ângela Bártolo (CDU).

Em 2021, o PSD elegeu quatro mandatos, com 48% do eleitorado (3.651 votos), enquanto o PS conquistou três lugares com 40,41% (3.074 votos). O Chega recebeu 483 votos (6,35%) e a CDU 156 (2,05%), num ano em que votaram 7.607 eleitores dos 12.767 inscritos.

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