A Câmara de Viseu vai construir a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de nova geração de Silgueiros e Oliveira de Barreiros, que representa um investimento de cerca de 3,5 milhões de euros e servirá três mil pessoas.
Na reunião de Câmara de hoje foi aprovada a adjudicação do contrato para construção da ETAR, que integra um sistema de tratamento avançado, com remoção total de azoto e de fósforo.
“O objetivo é garantir o tratamento adequado das águas residuais domésticas da freguesia de Silgueiros e das povoações de Oliveira de Barreiros e Póvoa de Muscoso, na freguesia de São João de Lourosa, de acordo com os requisitos e processos mais avançados”, explicou aos jornalistas a presidente da Câmara de Viseu, Conceição Azevedo.
Com esta obra, serão desativadas as ETAR de Passos de Silgueiros e de Lages de Silgueiros, acrescentou.
Será também possível desativar quatro ETAR e duas fossas séticas coletivas, o que levará a um aumento da eficiência dos recursos humanos e materiais afetos, com uma redução dos custos.
Além da nova ETAR, a empreitada integra a interligação das redes existentes e pequenas ampliações que permitirão servir alguns locais atualmente sem redes de saneamento básico.
“Para além de outros benefícios, esta obra permite assegurar a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida dos viseenses, introduzindo também um fator de atratividade que pode fazer a diferença quando se trata de captar e fixar novos habitantes ou novos investimentos para a região”, sublinhou Conceição Azevedo.
A autarca disse aos jornalistas que hoje foram também aprovados os critérios de um novo concurso para a criação do Centro de Recolha Oficial (canil e gatil), uma vez que no primeiro não apareceram interessados.
“Infelizmente, esta tem sido uma situação recorrente nos últimos meses, que passa pela falta de mão-de-obra e também os aumentos brutais no que respeita às matérias-primas”, lamentou.
Conceição Azevedo contou que os municípios têm “sentido grandes dificuldades no lançamento de obras devido a estes fatores”.
O investimento no CRO, que ficará situado junto ao recinto da Feira do Gado, em Rio de Loba, rondará os 400 mil euros, sendo o prazo de execução previsto de 189 dias.
Segundo a autarca, “o número de animais errantes recolhidos pela autarquia, juntamente com a associação Cantinho Animais Abandonados, já ronda os 800 por ano, o que demonstra bem a necessidade de uma estrutura como o CRO”.
O projeto prevê um pavilhão de serviços que inclui enfermaria, sala de esterilização, sala de recobro, sala de limpeza e lavagem de animais, sala de lavagem de material, gabinete médico-veterinário, sala de arrumo e de equipamento para captura de animais e sala de pessoal e vestiário.
Um pavilhão de alojamento de animais, com boxes que podem alojar cerca de 60 a 70 canídeos e felídeos, uma boxe para outras espécies, três celas para animais perigosos, duas celas de quarentena e uma cela de maternidade estão também previstos na obra, que contará com uma comparticipação de 50 mil euros do Orçamento do Estado.
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