A Câmara de Ílhavo aprovou hoje o orçamento para 2023, num valor de 31,1 milhões de euros, superior em 1,2 milhões de euros relativamente ao deste ano, e que foi viabilizado com a abstenção do PSD e PS.
Na mesma reunião foi também aprovado o pacote fiscal para 2023, que prevê uma redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,33 para 0,32%, com o presidente da Câmara, João Campolargo, a assumir a meta de atingir os 0,3% em 2025.
A participação variável no IRS continua nos 4%, mantendo-se ainda a isenção da derrama para as empresas com um volume de negócios até 150 mil euros e 1,5% para as restantes.
Os documentos foram aprovados com os votos a favor dos três eleitos do movimento independente Unir para Fazer, que lidera o executivo, e as abstenções dos três vereadores do PSD e do vereador do PS, com exceção do ponto referente à taxa de direito de passagem, em que o vereador socialista votou contra, por não concordar com o facto de o município continuar a não cobrar esta taxa.
A oposição acusou o executivo de “falta de sensibilidade social” para com as famílias, defendendo uma redução da taxa do IMI para o valor mínimo de 0,3%.
O orçamento ascende a 31.150.000 euros e as Grandes Opções do Plano totalizam 11 milhões de euros.
A proposta apresentada prevê um valor de 19,6 milhões de euros para despesas de funcionamento, o que corresponde a um aumento de 16% face a 2022, devido aos processos de descentralização.
No que respeita ao plano plurianual de investimentos, ou seja as obras, o documento aponta para um valor de 3,7 milhões de euros e as Atividades Mais Relevantes ascendem a 7,7 milhões de euros.
O presidente da Câmara destacou os investimentos previstos nas áreas da Saúde e da Educação, com o lançamento das obras de reabilitação na escola secundária João Carlos Celestino Gomes de Ílhavo, na EB 2,3 José Ferreira Pinto Basto e na EB 2,3 da Gafanha da Nazaré, bem como nos dois centros de saúde do município, a decorrerem nos próximos anos.
A vereadora do PSD, Fátima Teles, disse que esta proposta fica “aquém” das expectativas dos social-democratas, considerando que o orçamento para 2023 é “apenas uma continuação do anterior” e “empurra para 2024 a grande maioria dos investimentos e das realizações”.
“O ano 2023 é apenas uma ponte para passar, com pouco para fazer”, disse a vereadora, adiantando que este orçamento “empurra com a barriga para a frente aquelas que são as decisões importantes”.
Já o vereador do PS, Sérgio Lopes, fez uma avaliação negativa da proposta, adiantando que entre a atual liderança autárquica e a maioria anterior liderada pelo PSD “não há nenhuma divergência de fundo”.
“Esta é a verdadeira coligação negativa deste mandato. É a coligação de ideias entre o Unidos para Fazer e os seus antecessores”, disse o vereador socialista, afirmando que este orçamento “cristaliza o imobilismo de 2022”.
Depois da aprovação em reunião de câmara, os documentos seguem agora para votação na Assembleia Municipal, onde o movimento Unidos para Fazer, que lidera a Câmara, não tem maioria.
                                                        
    					











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