O presidente da Câmara Municipal de Cinfães enviou hoje uma reclamação à administração dos CTT – Correios de Portugal devido aos “constantes atrasos” na entrega da correspondência que tem causado situações de “enorme gravidade” na população.
Na missiva enviada hoje ao presidente do conselho de administração dos CTT, o presidente da Câmara, Armando Mourisco assume a sua “profunda preocupação e insatisfação” com os serviços postais no concelho de Cinfães, no norte do distrito de Viseu.
“São numerosas queixas que temos recebido de particulares e das juntas de freguesia que relatam atrasos frequentes na entrega da correspondência, com sérias repercussões para a população”, escreve o autarca.
Entre os problemas causados, Armando Mourisco destaca “as cartas com a prova de vida, colocando em perigo o direito de muitos cidadãos, especialmente os idosos, de continuarem a receber as suas reformas”.
“Esta é uma situação particularmente crítica no concelho de Cinfães, que é uma região envelhecida, onde uma grande parte da população depende diretamente dessas reformas para a sua sobrevivência”, sublinha.
O presidente da Câmara acrescenta que, “a agravar a situação, vários registos da falta de pagamentos das reformas, de falta de pagamentos das reformas, devido à falha na entrega da correspondência”.
Esses atrasos têm originado também “situações de enorme gravidade, com ameaças de corte de serviços essenciais (luz, água, telefone) devido ao não recebimento atempado das faturas”, salienta.
“Muitas famílias não receberam as cartas de cobrança e, consequentemente, não puderam regularizar as suas contas, colocando em risco o fornecimento destes serviços básicos”, relata ainda Armando Mourisco.
“A escassez de entregas em tempo útil tem contribuído para uma sensação crescente de insegurança e desconforto entre a população, que depende dos serviços postais para o cumprimento de obrigações legais e o exercício de direitos essenciais”, aponta.
A “falta de fiabilidade” nos prazos de entrega está a afetar “não apenas a confiança nos CTT, mas também a qualidade de vida dos munícipes, colocando em risco o sustento e bem-estar de muitos, especialmente os mais vulneráveis”, assegura.
Na carta, enviada também à ministra da Administração Interna e grupos parlamentares, Armando Mourisco exige “uma ação célere” para resolver a situação e uma “resposta urgente, com informações detalhadas sobre as medidas que serão implementadas para assegurar a normalização do serviço” no concelho de Cinfães.
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